Nova técnica permite a obtenção de transistores orgânicos de modo muito eficiente (foto: John Rogers)
Pesquisadores dos EUA divulgam nova técnica que permite a obtenção de transistores orgânicos de modo muito eficiente, o que deve facilitar a fabricação de telas flexíveis para uso em computadores portáteis, livros eletrônicos ou videogames
Pesquisadores dos EUA divulgam nova técnica que permite a obtenção de transistores orgânicos de modo muito eficiente, o que deve facilitar a fabricação de telas flexíveis para uso em computadores portáteis, livros eletrônicos ou videogames
Nova técnica permite a obtenção de transistores orgânicos de modo muito eficiente (foto: John Rogers)
Um novo método, que acaba de ser divulgado nos Estados Unidos, permite a obtenção de transistores orgânicos de modo muito mais eficiente. O segredo é a utilização do processo de fotolitografia para imprimir o circuito do transistor em uma fina placa de borracha feita de polidimetilsiloxano, um polímero siliconado. Em seguida, a placa, tal qual um carimbo, é usada para transferir cuidadosamente o desenho do transistor em uma superfície orgânica.
A descoberta é de um grupo formado por integrantes dos Laboratórios Bell, Universidade Rutgers, Universidade de Illinois, Instituto Beckman e do Laboratório de Pesquisa de Materiais Seitz. O estudo foi publicado na edição de 12 de março da revista Science.
De acordo com os cientistas envolvidos, a técnica é similar à fabricação de transistores de efeito de campo (FET) orgânicos – um tipo de transistor comumente usado para amplificação de sinais –, em que um cristal orgânico é laminado sobre uma bolacha de silício com eletrodos. Diferente do método tradicional, que exige a utilização de cristais muito finos – e, portanto, delicados –, a técnica elastomérica é compatível com cristais muito mais espessos e rígidos.
Outra vantagem do novo método é ser reversível. O contato entre o carimbo de borracha e os cristais orgânicos pode ser refeito quantas vezes forem necessárias sem afetar as características do transistor. No estudo, os pesquisadores empregaram um cristal de rubreno.
Outro destaque do estudo foi a identificação da maior mobilidade de carga já verificada em um semicondutor orgânico. Os dispositivos desse tipo obtidos até então mostravam sempre uma pequena mobilidade, o que resultava em tempos de resposta muito longos, dificultando, por exemplo, o uso em telas de videogames ou de computadores, que exigem sinais rápidos.
"O objetivo do estudo foi entender o comportamento do transporte de carga elétrica desses transistores, que deverá ajudar na construção de dispositivos mais eficientes para uma enorme gama de aplicações eletrônicas", disse John Rogers, da Universidade de Illinois e um dos autores da pesquisa, em comunicado da instituição.
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