Sombra e leite fresco

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Agência FAPESP* –Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Um estudo desenvolvido em Rio Branco pela Embrapa Acre, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, detectou que uma das principais características das pastagens cultivadas na região amazônica é a pequena presença de árvores. 

Por conta disso, os pesquisadores envolvidos com o Programa de Arborização de Pastagens Degradadas (Arbopasto) resolveram viabilizar novas técnicas para arborização de pastos e áreas de preservação permanente, motivados pelos benefícios que as árvores trazem ao rebanho e ao ecossistema.

"Algumas raças de zebuínos criadas na Amazônia têm menor adaptação às condições de clima quente e úmido. Em função disso, muitos produtores sentiram a necessidade de plantar árvores em suas pastagens, tanto para oferecer sombra aos animais como para diversificar o ecossistema", disse Judson Valentim, pesquisador do Núcleo de Sistemas Sustentáveis de Produção Animal da Embrapa Acre, à Agência FAPESP.

Além de fornecer sombra para o gado, as árvores fixam o nitrogênio do ar no solo, melhoram o ciclo de água e nutrientes, reduzem a erosão e aumentam a fertilidade do solo. De acordo com os pesquisadores, o ambiente mais propício reduz o estresse no rebanho e aumenta bastante a produtividade, tanto no gado leiteiro como no de corte.

Como forma de incentivo para que os pecuaristas arborizem suas pastagens, a Embrapa Acre mantém atualmente um viveiro com 20 mil mudas de espécies florestais para distribuição gratuita a produtores. Desde o ano passado, já foram entregues à população local 50 mil mudas de espécies como cumaru ferro, cedro, copaíba, ipê roxo e amarelo, paricá e faveira. 

O Programa Arbopasto, uma parceria entre a Embrapa, o Ministério da Agricultura e o Governo do Estado do Acre, prevê o plantio de 100 mil mudas de árvores nativas da Amazônia até o final de 2004. 

"Nossa meta é, até 2006, atingir algo em torno de 100 mil hectares de pastagens arborizadas, com 1 milhão de árvores", disse Valentim. O Acre conta com 18 mil pecuaristas e um rebanho com cerca de 1,9 milhão de cabeças, que responde por 40% do PIB estadual.

Os interessados em participar do projeto podem entrar em contato com a Embrapa Acre, pelo telefone (68) 212-3200, para retirar as mudas e receber orientações técnicas de uma equipe de monitores. 

Mais informações: judson@cpafac.embrapa.br, mauricio@cpafac.embrapa.br ou lclaudio@cpafac.embrapa.br.

<b>Por Thiago Romero</b>
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<b>Agência FAPESP</b> - Um estudo desenvolvido em Rio Branco pela Embrapa Acre, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, detectou que uma das principais características das pastagens cultivadas na região amazônica é a pequena presença de árvores. 
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Por conta disso, os pesquisadores envolvidos com o Programa de Arborização de Pastagens Degradadas (Arbopasto) resolveram viabilizar novas técnicas para arborização de pastos e áreas de preservação permanente, motivados pelos benefícios que as árvores trazem ao rebanho e ao ecossistema.
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"Algumas raças de zebuínos criadas na Amazônia têm menor adaptação às condições de clima quente e úmido. Em função disso, muitos produtores sentiram a necessidade de plantar árvores em suas pastagens, tanto para oferecer sombra aos animais como para diversificar o ecossistema", disse Judson Valentim, pesquisador do Núcleo de Sistemas Sustentáveis de Produção Animal da Embrapa Acre, à <b>Agência FAPESP</b>.
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Além de fornecer sombra para o gado, as árvores fixam o nitrogênio do ar no solo, melhoram o ciclo de água e nutrientes, reduzem a erosão e aumentam a fertilidade do solo. De acordo com os pesquisadores, o ambiente mais propício reduz o estresse no rebanho e aumenta bastante a produtividade, tanto no gado leiteiro como no de corte.
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Como forma de incentivo para que os pecuaristas arborizem suas pastagens, a Embrapa Acre mantém atualmente um viveiro com 20 mil mudas de espécies florestais para distribuição gratuita a produtores. Desde o ano passado, já foram entregues à população local 50 mil mudas de espécies como cumaru ferro, cedro, copaíba, ipê roxo e amarelo, paricá e faveira. 
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O Programa Arbopasto, uma parceria entre a Embrapa, o Ministério da Agricultura e o Governo do Estado do Acre, prevê o plantio de 100 mil mudas de árvores nativas da Amazônia até o final de 2004. 
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"Nossa meta é, até 2006, atingir algo em torno de 100 mil hectares de pastagens arborizadas, com 1 milhão de árvores", disse Valentim. O Acre conta com 18 mil pecuaristas e um rebanho com cerca de 1,9 milhão de cabeças, que responde por 40% do PIB estadual.
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Os interessados em participar do projeto podem entrar em contato com a Embrapa Acre, pelo telefone (68) 212-3200, para retirar as mudas e receber orientações técnicas de uma equipe de monitores. 
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Mais informações: <a href="mailto:judson@cpafac.embrapa.br">judson@cpafac.embrapa.br,</a> <a href="mailto:mauricio@cpafac.embrapa.br">mauricio@cpafac.embrapa.br</a> ou <a href="mailto:lclaudio@cpafac.embrapa.br">lclaudio@cpafac.embrapa.br</a>.
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