Brasil tem hoje 55 casos de sombreamento entre unidades de conservação da natureza e áreas de terras indígenas
O Brasil tem hoje 55 casos de sombreamento entre unidades de conservação da natureza e áreas de terras indígenas. Essa questão é o eixo de novo livro lançado pelo Instituto Socioambiental
O Brasil tem hoje 55 casos de sombreamento entre unidades de conservação da natureza e áreas de terras indígenas. Essa questão é o eixo de novo livro lançado pelo Instituto Socioambiental
Brasil tem hoje 55 casos de sombreamento entre unidades de conservação da natureza e áreas de terras indígenas
A pergunta é uma das principais motivações do livro Terras Indígenas e Unidades de Conservação da Natureza – O Desafio das Sobreposições, coordenado pela antropóloga Fany Ricardo, e lançado esta semana em São Paulo pelo Instituto Socioambiental (ISA). A obra dá a voz a vários atores – biólogos, advogados, sociólogos, antropólogos e filósofos, entre outros – que abordam a complexidade do tema.
As quase 700 páginas da obra, que analisam tanto áreas amazônicas como da Mata Atlântica, partem do pressuposto de que as terras indígenas têm um valor inquestionável para os índios e para a preservação ambiental. Estatísticas apresentadas ajudam a defender a tese.
O ISA constatou que as áreas indígenas sofreram um desmatamento, em 2003, da ordem de 1,14%. Nas unidades de conservação federais o número chegou a 1,4% e, nas estaduais, 7,01%. Fora das áreas protegidas, o índice de desmatamento no país, em 2003, foi de 18,96%.
Em linhas gerais, os autores do livros defendem a tese de que apenas um diálogo menos precário entre as diversas instituições indigenistas e ambientais poderá equacionar os vários conflitos que estão mapeados no livro. Como foi visto recentemente em vários conflitos na Amazônia, tanto as terras indígenas como as unidades de conservação estão ameaçadas por outros motivos. Grileiros, madeireiros e garimpeiros fazem parte dessa lista.
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