Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference recebe propostas para apresentação oral até o dia 25 de abril
Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference recebe propostas para apresentação oral até o dia 25 de abril
Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference recebe propostas para apresentação oral até o dia 25 de abril
Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference recebe propostas para apresentação oral até o dia 25 de abril
Por Noêmia Lopes
Agência FAPESP – Cientistas, estudantes, organizações não governamentais e representantes da indústria e do governo participarão entre os dias 20 e 24 de outubro do 2nd Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference (BBEST), evento que ocorrerá em Campos de Jordão (SP) e conta com apoio da FAPESP.
A conferência será um espaço para a apresentação de resultados de pesquisas nacionais e internacionais, na fronteira do conhecimento e em todas as áreas da bioenergia – tecnologia, inovação, motores, meio ambiente, sustentabilidade, uso da terra, biomassa, novos combustíveis, entre outros –, com destaque para investigações empreendidas no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).
Outro destaque será a realização de um policy day, dedicado ao debate de políticas públicas necessárias ao desenvolvimento do setor, destacando a bioenergia e as questões relacionadas às seguranças alimentar, ambiental, energética e de desenvolvimento sustentável. Quatro mesas-redondas estão confirmadas para esse dia exatamente sobre esses temas: Food Security, Environmental and Climate Security, Energy Security e Sustainability Development & Inovation.
Os temas surgiram durante o Rapid Assessment Process, reunião entre pesquisadores do BIOEN e de outros dois programas da FAPESP – Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA) e Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) –, em dezembro de 2013, em Paris, na França, juntamente com experts de 21 países.
“Os três programas estão conduzindo uma avaliação global sobre sustentabilidade e bioenergia sob a égide do Scope [Secretaria do Comitê Científico para Problemas do Ambiente], órgão intergovernamental, parceiro da Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura].
Na segunda edição do BBEST, vamos anunciar recomendações do grupo para políticas públicas voltadas à expansão sustentável da bioenergia no mundo”, disse Glaucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação do BIOEN, à Agência FAPESP.
Alguns pesquisadores confirmados para essa apresentação são Isaias de Carvalho Macedo (Universidade Estadual de Campinas/Unicamp), Paulo Artaxo (USP), Erick Fernandes (World Bank, Estados Unidos), Francis Johnson (Stockholm Environment Institute, Suécia), Chanakya Hoysala (Indian Institute of Science, Índia) e Thomas Foust (National Renewable Energy Laboratory, Estados Unidos).
Paul Moore, da University of Hawaii em Manoa, nos Estados Unidos, e Patricia Osseweijer, da Delft University of Technology, na Holanda, serão dois dos chairs da sessão BIOEN Highlights, destinada a apresentar resultados de pesquisa vinculados ao programa e dividida em quatro áreas temáticas: Biomass Division, Biofuel Technologies Division, Biorefineries & Engines Divisions e Sustainability Division.
“A primeira edição BBEST aconteceu em um momento em que avaliávamos o encaminhamento das investigações conduzidas pelo BIOEN, lançado em 2008. Agora, muitos projetos estão finalizados e têm importantes resultados a serem compartilhados. Ao chamar a indústria para o diálogo, a conferência oferecerá oportunidades para que esses resultados se transformem em inovação”, afirmou Souza.
Os prazos para a submissão de resumos estão abertos até 25 de abril (para apresentação oral) e 20 de julho (para pôster).
Além das palestras plenárias e mesas-redondas, o evento terá sessões paralelas com o intuito de aproximar empresas e núcleos de apoio de universidades; informar sobre financiamento à pesquisa; e dar espaço à apresentação de resultados obtidos também pela indústria em tecnologias voltadas à genética, enzimas, leveduras, biomassa, plantações, engenharia de etanol e biodiesel, biorrefinarias, entre outros.
Alunos de pós-graduação concorrerão a um prêmio de inovação tecnológica oferecido pelo BE-Basic Foundation, da Holanda. “Também premiaremos os melhores pôsteres”, contou Souza.
Momento-chave
“O IPCC [sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas acaba de lançar um relatório dizendo que as mudanças climáticas causarão grandes impactos ao redor do mundo. O próximo relatório será sobre mitigação, em que o papel da bioenergia certamente será destacado. É um momento-chave para discutir os avanços que o setor já alcançou e as políticas necessárias para que ele continue se desenvolvendo. Também já contamos, na programação da BBEST, com participantes do IPCC”, afirmou Souza.
De acordo com ela, a transição para uma economia de baixo carbono requer estímulos ao desenvolvimento de tecnologias que sequestrem carbono e à produção de energia com a utilização de renováveis.
“A biomassa é capaz de atender essas duas demandas”, disse. “E a bioenergia é, entre os renováveis, a que gera mais benefícios e tem impactos mais bem distribuídos na sociedade – ela pode aumentar a biodiversidade em pastos degradados, diminuir a pobreza energética, entre outros exemplos.”
Outro fator que torna o momento propício à discussão é, segundo Heitor Cantarella, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e também membro da coordenação do BIOEN, o fato de que a bioenergia enfrenta um momento relativamente difícil em alguns países.
“Isso devido a fatores como custos, insucessos em programas de combustíveis de segunda geração e desaceleração nos investimentos por conta de crises econômicas. O Brasil, pela tradição e por toda a tecnologia já conquistada, precisa discutir o que fazer para manter os estímulos à produção bioenergética”, afirmou Cantarella.
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