Pesquisadores conseguiram alterar o resultado genético dos mecanismos móveis, que acabam de ser descritos

Saltadores de genoma
16 de junho de 2005

Elementos genéticos móveis podem ajudar a explicar a característica única que os circuitos neurais têm em cada um dos indivíduos. Esse mecanismo saltador está descrito em artigo científico publicado na revista Nature desta quinta (16/6)

Saltadores de genoma

Elementos genéticos móveis podem ajudar a explicar a característica única que os circuitos neurais têm em cada um dos indivíduos. Esse mecanismo saltador está descrito em artigo científico publicado na revista Nature desta quinta (16/6)

16 de junho de 2005

Pesquisadores conseguiram alterar o resultado genético dos mecanismos móveis, que acabam de ser descritos

 

Agência FAPESP - Entender o formato único que cada um dos circuitos neurais tem é um sonho perseguido pelos geneticistas. Apesar da combinação entre fatores genéticos e ambientais explicar em parte as diferenças, o mecanismo essencialmente genético que provoca a diversidade das células nervosas geradas ao longo do desenvolvimento de um ser vivo nunca foi totalmente elucidado.

Dentro dessa corrida genética, um artigo publicado na revista Nature desta quinta (16/6) dá um passo importante. Um grupo de pesquisadores que trabalham nos Estados Unidos, e conta com dois brasileiros, descreveu o funcionamento de um elemento genético móvel, que tem a capacidade de saltar de um gene para outro.

Os genes saltadores existem em todos os seres vivos. Os elementos móveis chamados Line-1, que acabam de ser descritos pelos cientistas na Nature, funcionam apenas em seres humanos. Os pesquisadores, em estudos realizados em ratos, conseguiram interferir no sistema e também no produto gerado por eles. No caso, células nervosas.

Os elementos estudados pelos cientistas fazem com que a maquinaria deles se mova por si só e também mobilize outros elementos. Os pesquisadores conseguiram identificar ainda o salto do mecanismo de um cromossomo para o outro.

Os autores especulam que as diferenças observadas no cérebro, em termos de organização e função, de uma pessoa para outra, podem ser explicadas pelo funcionamento dos elementos genéticos móveis. Apesar de ser um passo importante, muitas dúvidas científicas precisam ser respondidas ainda, advertem os próprios autores.

O artigo Somatic mosaicism in neuronal precursor cells mediated by L1 retrotranspositionpode ser lido no site da Nature, em www.nature.com


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