Palestras do antropólogo Mauro William Barbosa de Almeida (Unicamp) e do historiador Olival Freire (UFBA) aproximam relatividade, índios sul-americanos e direitos civis. Evento ocorrerá no próximo sábado (25/10), em São Paulo
Palestras do antropólogo Mauro William Barbosa de Almeida (Unicamp) e do historiador Olival Freire (UFBA) aproximam relatividade, índios sul-americanos e direitos civis. Evento ocorrerá no próximo sábado (25/10), em São Paulo
Agência FAPESP – "Pluralismo e relativismo nas sociedades humanas: o impacto das idéias de Einstein" será o tema discutido por Mauro William Barbosa de Almeida, antropólogo e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no próximo sábado (25/10), às 15 horas, na série de palestras e debates complementares à exposição Einstein.
Em seguida, Olival Freire, historiador da ciência e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), apresentará a palestra "O dossiê Einstein no FBI: a documentação de sua luta pelos direitos civis".
O ciclo de palestras é organizado pela revista Pesquisa FAPESP e pelo Instituto Sangari. A exposição estará aberta para visitação até o dia 14 de dezembro, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Nos sábados, as mesas-redondas exploram o tema O tempo em dois tempos. Nelas, um físico e um pesquisador das ciências humanas falam e conversam sobre a noção do tempo e do espaço em suas respectivas especialidades.
Almeida mostrará como as idéias de Einstein tiveram um impacto profundo não só na física e na filosofia do século 20, mas também no modo de ver a diversidade social do mundo moderno.
Segundo Almeida, a substituição de um espaço e de um tempo absoluto por uma pluralidade de espaços e de tempos relativos a distintos observadores serviu de inspiração para antropólogos que descreveram muitos modos de ver e viver o tempo e o espaço em sociedades não-ocidentais.
O relativismo cultural de antropólogos, porém, como Almeida comentará em sua apresentação, costuma esquecer um aspecto essencial da relatividade em Einstein: o fato de que sob a diversidade de tempos e espaços de observadores distintos perpassa a unidade profunda das leis da natureza.
Freire, que em 2005 escreveu que "a imagem pública de Einstein fica incompleta sem sua atividade política", falará do cientista que criou a Teoria da Relatividade, enviou uma carta em 1939 ao presidente Roosevelt defendendo a construção da bomba pelos Estados Unidos, manifestou-se contra a discriminação racial nos Estados Unidos e apoiou a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.
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