Seminário discute o futuro do programa espacial brasileiro, que conta com tecnologia para fabricação de satélites (foto: Inpe)

Revisão do programa espacial
01 de dezembro de 2004

Resultados das discussões no seminário da AEB que termina na quinta (2/12), em Brasília, servirão como base para o Programa Nacional de Atividades Espaciais de 2005 a 2014

Revisão do programa espacial

Resultados das discussões no seminário da AEB que termina na quinta (2/12), em Brasília, servirão como base para o Programa Nacional de Atividades Espaciais de 2005 a 2014

01 de dezembro de 2004

Seminário discute o futuro do programa espacial brasileiro, que conta com tecnologia para fabricação de satélites (foto: Inpe)

 

Agência FAPESP - Uma revisão do programa espacial brasileiro está sendo conduzida em Brasília, em seminário de três dias que começou na terça-feira (30/11).

Promovido pela Agência Espacial Brasileira (AEB), o encontro reúne especialistas da área espacial e representantes da sociedade para o debate de questões como os resultados da revisão do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) ou as tendências do setor no mundo.

Na cerimônia de abertura do evento, o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, ressaltou a importância de se avaliar o programa espacial com visão de futuro e a consciência de que não se trata de um programa de governo, mas do país. "É hora de rever o PNAE dentro de um novo ambiente mundial no qual está o Brasil", disse.

Segundo a AEB, a multidisciplinaridade buscada pelo seminário tem como objetivo garantir que os pareceres reproduzam as necessidades da sociedade. "É a soberania popular que deve dirigir as nossas ações", afirmou o presidente da instituição vinculada ao MCT, Sérgio Gaudenzi.

O resultado do encontro servirá de base para os trabalhos do conselho superior da AEB, órgão responsável pela elaboração e atualização do programa espacial, em reunião no dia 15. A partir da decisão do conselho será originada uma versão do Programa Nacional de Atividades Espaciais para 2005/2014.

Segundo o MCT, o objetivo é fazer com que a área possa contar com recursos anuais da ordem de US$ 100 milhões, o que corresponderia ao maior valor já investido. Em 2004, foram aplicados pouco mais de US$ 50 milhões.

O Brasil é o único país do hemisfério Sul a contar com um programa espacial que envolve diferentes vertentes da atividade, tais como o desenvolvimento de satélites, lançadores e tecnologias associadas. Em cooperação com a China, o país desenvolve o CBERS, bem-sucedido programa de satélites de sensoriamento remoto.


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