Novo sistema do Inpe coloca na internet informações detalhadas sobre o desmatamento na região amazônica (imagem: reprodução)

Retratos da Amazônia
09 de março de 2005

Novo sistema do Inpe coloca na internet informações detalhadas sobre o desmatamento na região amazônica. Os dados são obtidos a partir de sensores instalados em satélites da Nasa e no brasileiro CBERS-2

Retratos da Amazônia

Novo sistema do Inpe coloca na internet informações detalhadas sobre o desmatamento na região amazônica. Os dados são obtidos a partir de sensores instalados em satélites da Nasa e no brasileiro CBERS-2

09 de março de 2005

Novo sistema do Inpe coloca na internet informações detalhadas sobre o desmatamento na região amazônica (imagem: reprodução)

 

Agência FAPESP - A situação detalhada do desflorestamento na Amazônia já pode ser consultada pela internet. A possibilidade foi aberta pelo Sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) com apoio do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O sistema mostra os locais de desmatamentos na região amazônica, classificados por período observado e por faixa de área – de 25 hectares a 5 mil hectares. Ele produz informações imediatas sobre as regiões recém-desflorestadas e foi desenvolvido para fornecer rapidamente aos órgãos de controle ambiental informações periódicas sobre eventos de desmatamento, para que o governo possa tomar medidas de contenção.

De acordo com o Inpe, o Deter não tem como objetivo calcular a extensão das áreas desmatadas, função já exercida pelo Projeto Prodes, que divulga anualmente as taxas de desmatamento da Amazônia Legal por meio do monitoramento por satélite.

A novidade utiliza sensores com alta freqüência de observação para reduzir as limitações da cobertura de nuvens, como o sensor Modis, a bordo dos satélites Terra e Acqua, da Nasa, a agência espacial norte-americana, e o sensor WFI, que está no satélite brasileiro CBERS-2.

O primeiro sensor tem resolução espacial de 250 metros e freqüência de cobertura do Brasil de três a cinco dias. O outro sensor tem resolução espacial de 260 metros e freqüência de cobertura do Brasil de cinco dias. Segundo o Inpe, mesmo com a resolução espacial reduzida dos sensores, é possível detectar desmatamentos recentes cuja área seja superior a 0,25 quilômetro quadrado.

As deficiências de resolução espacial são compensadas pela maior freqüência de observação. Como o sistema produz informação em tempo "quase real" sobre as regiões onde estão ocorrendo novos desmatamentos, a sociedade brasileira passa a dispor de uma ferramenta inovadora de suporte à gestão de terras na Amazônia.

Mais informações: www.obt.inpe.br/deter


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