IPT firma parceria para estudar alternativas para destinação de resíduos de compósitos (foto: IPT)

Reciclagem de compósitos
30 de junho de 2010

IPT firma parceria para estudar alternativas para destinação de resíduos de compósitos

Reciclagem de compósitos

IPT firma parceria para estudar alternativas para destinação de resíduos de compósitos

30 de junho de 2010

IPT firma parceria para estudar alternativas para destinação de resíduos de compósitos (foto: IPT)

 

Agência FAPESP – Uma parceria entre o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Associação Brasileira de Materiais Compósitos (Abmaco) estuda alternativas para destinação de resíduos de compósitos.

Inserido no Programa Nacional de Reciclagem de Compósitos, a parceria, que envolve também a participação de 19 empresas investidoras, tem por objetivo o processamento mecânico dos resíduos dos compósitos, ou seja, a moagem do material para a sua reintegração no próprio processo fabril das empresas envolvidas.

Segundo estimativas da associação, o setor brasileiro de compósitos gera 18 mil toneladas de resíduos por ano, o que corresponde a uma despesa de R$ 120 milhões com o descarte em aterros sanitários. Os compósitos são usados na fabricação de produtos como cabines telefônicas, bancos de ônibus, pranchas de surfe e caixas d’água, entre outros.

A reciclagem dos compósitos é mais complexa do que a dos plásticos comuns como os utilizados em garrafas PET. Isso porque os compósitos são mais rígidos em razão da maior complexidade em sua formação química, com ligações cruzadas que dificultam o seu processamento.

O projeto se concentrará no estudo dos descartes industriais de compósitos termofixos com fibra de vidro, que respondem por 75% do total processado atualmente no Brasil. Os pesquisadores estudarão o limite de reutilização sem a perda de resistência mecânica, como fazer a caracterização das frações que formam os resíduos e também discutirão as alternativas de aproveitamento dos materiais.

De acordo com o IPT, um dos desafios será resolver problemas técnicos como a presença dos catalisadores e dos aceleradores utilizados na fase de polimerização da resina. Como esses materiais podem estar ativos mesmo após a moagem dos resíduos, os pesquisadores incluíram no plano de trabalho um estudo para encontrar formas de inertização das substâncias ou alternativas para o seu uso.

Além do Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas, o projeto envolverá, a partir de 2011, também o Laboratório de Materiais de Construção Civil, que já possui competências no reaproveitamento de resíduos de construção e demolição.

Na segunda fase, o projeto contemplará as possíveis aplicações dos compósitos como matéria-prima em outros setores industriais, como construção civil. O programa tem previsão de conclusão no segundo semestre de 2011.

Mais informações: www.ipt.br
 

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