A conexão digital entre Europa e América Latina, por um link de 622 Mbps, está garantida até o dia 31 de março de 2007. Pelo contrato inicial firmado entre os 18 países latino-americanos e a União Européia a ligação seria interrompida em maio
A conexão digital entre Europa e América Latina, por um link de 622 Mbps, está garantida até o dia 31 de março de 2007. Pelo contrato inicial firmado entre os 18 países latino-americanos e a União Européia a ligação seria interrompida em maio
O projeto Alice, criado pela União Européia em junho de 2003, previa um investimento de 12,5 milhões de euros na manutenção da Rede Clara (Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas) durante os três primeiros anos. A conexão com a rede avançada pan-européia Géant, feita com um link de 622 Mbps, também é mantida por esses recursos. O Brasil, por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisas, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, é um dos países interligados pelo projeto.
Apesar de ser formada por 18 membros, até agora apenas dez países latino-americanos já estão interligados. A lista, ordenada pelo tempo de início da conexão, é a seguinte: Chile, Brasil, Venezuela, México, Argentina, Peru, Uruguai, Costa Rica, Guatemala e El Salvador. A Rede Clara também tem uma ligação física com os Estados Unidos.
Geograficamente, o enlace com a Europa é feito a partir de São Paulo. Além da maior metrópole brasileira, Santiago (Chile), Cidade do Panamá, Tijuana (México) e Buenos Aires (Argentina) participam do anel principal da Rede Clara. Esse consórcio latino-americano, pelo contrato assinado em 2003, investirá 3,12 milhões de euros até maio na infra-estrutura da rede.
Em seus primeiros anos de funcionamento, a ligação digital entre América Latina e Europa ajudou no desenvolvimento de várias cooperações científicas. Na área médica ficou mais fácil a realização de telediagnósticos e a prescrição remota de tratamentos.
Equipes de astrônomos dos dois lados do Atlântico também conseguiram trabalhar mais em conjunto por causa da ligação digital em alta velocidade financiada pela União Européia. Vários telescópios importantes para a comunidade internacional estão instalados nos Andes, em território chileno. E esses dados, gerados na América do Sul, são de interesse dos grupos europeus.
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