Pressão cerebral
24 de outubro de 2005

Estudo feito na Inglaterra consegue alterar a pressão arterial de pacientes por meio de estímulos em uma região específica do cérebro

Pressão cerebral

Estudo feito na Inglaterra consegue alterar a pressão arterial de pacientes por meio de estímulos em uma região específica do cérebro

24 de outubro de 2005

 

Agência FAPESP - Um time de neurocirurgiões e fisiologistas da Inglaterra conseguiu aumentar e diminuir a pressão arterial de 15 pacientes por meio de estímulos em uma região específica do cérebro. Os resultados obtidos poderão auxiliar a desenvolver métodos de tratamento para o controle da pressão, sem que os pacientes tenham que tomar medicamentos por um período longo de tempo.

O estudo, que será publicado na edição de 7 de novembro da revista Neuroreport, é da Universidade de Oxford e do Imperial College London.

Todos os pacientes, que tiveram eletrodos colocados em seu cérebro para uma outra pesquisa sobre o controle da dor, receberam estímulos em áreas bem específicas da chamada massa cinzenta periaquedutal. Esse tipo de cirurgia cerebral está sendo usada também para estudar pacientes com mal de Parkinson.

Como os eletrodos podem ser ligados e desligados com facilidade, os experimentos realizados na Inglaterra podem ter outra aplicação. Essa descoberta poderá ser útil para o controle da chamada hipotensão de postura. Nessas situações, as pessoas costumam ter queda súbita de pressão.

Em comunicado da Universidade de Oxford, Alexander Green, principal autor da pesquisa, reconhece que o estudo merece ser tratado com cautela. Mesmo que se tenha descoberto o centro cerebral da pressão arterial, a introdução de eletrodos em pacientes não deixa de ser um procedimento invasivo.

O pesquisador acredita que as pesquisas realizadas na área da nanotecnologia poderão ajudar nesses casos. "Será possível desenvolver métodos menos invasivos", acredita o cientista. Além disso, em uma primeira etapa, os estímulos com eletrodos convencionais seriam indicados apenas para aqueles casos mais graves, em que a pressão arterial não responde mais aos medicamentos.

Neuroreport: www.neuroreport.com


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