Para McDiarmid, o Brasil deve investir no projeto do biodiesel e chegar a mercados como Malásia e China (foto: arq.pessoal)

Prêmio Nobel elogia biocombustível brasileiro
18 de novembro de 2005

O neozelandês Alan McDiarmid, ganhador do prêmio Nobel de química em 2000, chama o Brasil de "grande caso de sucesso" na produção e utilização de combustíveis renováveis

Prêmio Nobel elogia biocombustível brasileiro

O neozelandês Alan McDiarmid, ganhador do prêmio Nobel de química em 2000, chama o Brasil de "grande caso de sucesso" na produção e utilização de combustíveis renováveis

18 de novembro de 2005

Para McDiarmid, o Brasil deve investir no projeto do biodiesel e chegar a mercados como Malásia e China (foto: arq.pessoal)

 

Agência FAPESP - O neozelandês Alan McDiarmid, ganhador do prêmio Nobel de química em 2000, elogiou o papel do Brasil no desenvolvimento de combustíveis alternativos. Em palestra na 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, na quinta-feira (17/11), em Brasília, o cientista falou sobre a importância do tema.

"O futuro do mundo depende das energias renováveis. Produzindo energia limpa, sobra água para as plantações e, com água nas plantações, podemos diminuir as desigualdades e a violência", afirmou, segundo a Agência CT, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

McDiarmid destacou a posição de vanguarda da tecnologia brasileira, mas fez um alerta. Segundo ele, se o Brasil não procurar parcerias para desenvolver o seu potencial, será alcançado por países como os Estados Unidos e algumas nações européias.

"O Brasil representa um grande caso de sucesso na produção e na utilização dos combustíveis renováveis. O país tem um enorme potencial e ainda está dois ou três anos à frente dos outros países, mas o desafio é continuar à frente do resto do mundo", disse o professor do Sidney Sussex College, que ganhou o Nobel pela descoberta e estudo de polímeros condutivos.

Para McDiarmid, o Brasil deve investir no projeto do biodiesel e chegar a mercados como Malásia e China. Segundo ele, esta é uma das formas de driblar a produção norte-americana, conseguir unir mercados emergentes e iniciar um processo de valorização da imagem nacional.

"Podemos projetar o biodiesel como uma commodity, sendo o Brasil o líder desse comércio. Esse seria um grande serviço, pois os biocombustíveis são rentáveis para a agricultura e ajudam a reduzir o efeito estufa", destacou.


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.