Levantamento on-line foi feito com profissionais da área de alimentos entre setembro e outubro de 2020 (foto: Flickr/reprodução)
Levantamento on-line foi feito com profissionais da área de alimentos entre setembro e outubro de 2020
Levantamento on-line foi feito com profissionais da área de alimentos entre setembro e outubro de 2020
Levantamento on-line foi feito com profissionais da área de alimentos entre setembro e outubro de 2020 (foto: Flickr/reprodução)
Agência FAPESP* – O Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual do Ceará (UECE), divulgaram uma pesquisa realizada entre setembro e outubro de 2020 – cerca de seis meses após o início da pandemia da COVID-19 no Brasil. Os resultados mostram como pesquisadores e docentes do ensino superior, médio e técnico/profissionalizante, da área de alimentos, lidaram com suas atividades de trabalho durante o distanciamento físico.
O FoRC é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF-USP).
Para 60,4% dos entrevistados, as atividades a distância resultaram em um aumento do volume e da sobrecarga de trabalho. Outros 41% relataram falta de tempo para se dedicar ao aprendizado e à aplicação de novos métodos de ensino e/ou pesquisa. Além disso, 31,9% relataram falta de estrutura adequada.
A pesquisa foi feita com 402 participantes de todos os Estados brasileiros, por meio de um questionário on-line. A maioria dos entrevistados era de instituições públicas, da região Sudeste, do sexo feminino, entre 26 e 40 anos, com formação acadêmica em engenharia de alimentos, nutrição, ciência e tecnologia de alimentos, medicina veterinária e biologia, entre outras. Doutorado, mestrado ou pós-doutorado predominaram na formação acadêmica.
Dos entrevistados, 87,6% coordenavam ou participavam de projetos de pesquisa e 44,6% também se dedicavam ao ensino, sendo que uma parte expressiva (40,8%) lecionava de seis a dez horas semanais, além de despender o mesmo tempo planejando atividades de docência.
Embora 61,7% dos docentes tenham participado de cursos e atividades para lidar com essa nova forma de ensino, 34,3% deles disseram que não receberam treinamento em tempo hábil e 27,9% disseram não ter tido qualquer treinamento.
Quando perguntados como avaliavam a qualidade do ensino a distância, 49,0% consideraram satisfatória e 32,7% muito satisfatória. Patamar similar foi registrado nas respostas da questão sobre a qualidade do aprendizado dos alunos: satisfatório (44,9%) e muito satisfatório (24,1%).
À época do estudo, dos 87,6% que coordenavam ou participavam de projetos de pesquisa, 50,6% relataram que tiveram suas atividades paralisadas de quatro a mais de seis meses. Os demais (49,4%) afirmaram que ficaram parados por um, dois ou três meses; entre esses, uma minoria disse que a pergunta não se aplicava ao caso.
Sobre a situação da pesquisa na pandemia, 34,1% dos pesquisadores conseguiram adaptar suas atividades para o home office. Outros estavam com as atividades paradas e aguardando retorno (21,6%) ou desenvolvendo projetos paralelos (17,9%). Em menor porcentagem: paralisaram, mas estavam retomando (13,1%), mantiveram a pesquisa presencial (6,8%), já pesquisavam a distância antes da pandemia (3,4%) e outros (3,1%).
*Com informações do Jornal da USP.
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