Físicos brasileiros participam de experimentos no LHC, maior experimento científico do mundo, que terá primeiro choque de prótons no dia 10 (divulgação)

Partículas em ação
09 de setembro de 2008

Físicos brasileiros participam de experimentos no LHC, maior acelerador de partículas no mundo, que terá primeiro choque de prótons no dia 10

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Físicos brasileiros participam de experimentos no LHC, maior acelerador de partículas no mundo, que terá primeiro choque de prótons no dia 10

09 de setembro de 2008

Físicos brasileiros participam de experimentos no LHC, maior experimento científico do mundo, que terá primeiro choque de prótons no dia 10 (divulgação)

 

Agência FAPESP – Vai começar o maior experimento científico do mundo, o Large Hadron Collider (LHC), construído pela Organização Européia para a Pesquisa Nuclear (Cern) na fronteira entre Suíça e França. No dia 10 de setembro está previsto para ocorrer o primeiro choque de prótons, teste para a inauguração marcada para o dia 21 de outubro.

“Pela primeira vez na história da ciência um próton se chocará com outro no maior acelerador de partículas do mundo. O LHC vai inaugurar uma nova era, varrendo quase toda a física experimental das interações fundamentais da natureza”, disse o físico brasileiro Alberto Santoro, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Construído durante duas décadas, com a colaboração de cientistas de 181 institutos de pesquisas de diversos países, o LHC é um acelerador de prótons com 27 quilômetros de comprimento, situado a 100 metros abaixo da superfície.

O LHC é formado por seis experimentos, dos quais os principais são o Alice (A Large Ion Collider Experiment), o LHCb (LHC Beauty), o Atlas (A Toroidal LHC Apparatus) e o CMS (Compact Muon Solenoid).

“O Brasil não está fora desta nova era da ciência”, disse Santoro, que é coordenador do grupo da Uerj no CMS. Os físicos brasileiros, com apoio do CNPq, estão envolvidos nos quatro experimentos desde a década de 1990.

“De 1999 a 2004, o CNPq pagou 100 mil francos suíços por ano para a construção do equipamento referente ao experimento Atlas. Foram ao todo R$ 1,2 milhão. Além disso, temos apoiado os grupos de pesquisa que participam dessa colaboração oferecendo bolsas para doutorado-sanduíche com duração ampliada para dois anos”, disse José Roberto Drugowich, diretor de Programas Horizontais e Instrumentais da agência.

A participação dos brasileiros envolve pesquisadores, professores, estudantes de universidades e institutos de pesquisa do Brasil. O grupo de física nuclear da Universidade de São Paulo participa do experimento Alice. Físicos e engenheiros do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão no LHCb.

Grupos da UFRJ e do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) integram o CMS. Do Atlas, participam pesquisadores da CBPF, Uerj, Universidade Estadual Paulista, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e do Centro Federal de Educação Tecnológica.

Para assegurar a participação de pesquisadores brasileiros nos projetos e programas de pesquisa em desenvolvimento no Cern, o CNPq assinou um convênio de cooperação com o centro em setembro de 2006.

O convênio prevê a participação de pesquisadores brasileiros nos quatro experimentos, no projeto de banco de dados e na rede de processamento do LHC, por meio da assinatura de protocolos específicos.

Os mais recentes protocolos foram assinados em maio, para participação nos experimentos do Cern de pesquisadores vinculados a institutos e universidades brasileiras para treinamento de estudantes.

Mais informações: http://lhc.web.cern.ch/lhc
 

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