Novo satélite será montado no Brasil
06 de dezembro de 2004

CBERS-2B, parceria sino-brasileira que substituirá o CBERS-2, será montado, integrado e testado no Laboratório de Integração e Testes do Inpe. Lançamento deve ocorrer em 2006, na China

Novo satélite será montado no Brasil

CBERS-2B, parceria sino-brasileira que substituirá o CBERS-2, será montado, integrado e testado no Laboratório de Integração e Testes do Inpe. Lançamento deve ocorrer em 2006, na China

06 de dezembro de 2004

 

Agência FAPESP - O CBERS-2B (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), que substituirá o CBERS-2, será montado, integrado e testado no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), isso será possível graças às melhorias implantadas no Laboratório de Integração e Testes (LIT), do instituto.

A inexistência de uma câmara de grande porte para ensaios térmicos no vácuo exigiu que os módulos do CBERS-2, lançado em outubro de 2003, fossem desmontados para a realização desses testes. Uma nova câmara de grande porte está em processo de aquisição.

Outra melhoria, que será colocada à disposição dos trabalhos de integração e testes do CBERS-2B, refere-se às novas instalações para ensaios de interferência e compatibilidade eletromagnética, também já em operação.

Com lançamento previsto para 2006, o CBERS-2B utilizará, em sua montagem e integração, peças de reposição do CBERS-1 e CBERS-2. Entretanto, algumas mudanças serão implementadas, com base nos resultados operacionais dos dois primeiros satélites.

A alteração mais significativa é a substituição da câmera de infravermelho por uma nova câmera pancromática de alta definição e um sistema associado para transmissão de dados de imagem, fornecidos pela China. De acordo com o Inpe, a inclusão dessa nova câmera implicará em modificações importantes na estrutura, no controle térmico, no controle de atitude e outros subsistemas do satélite.

Após a montagem e testes, o satélite será transportado à China, para o lançamento que deverá ser realizado até o final de outubro de 2006, três anos após o CBERS-2 ter entrado em órbita.

A participação do Brasil no projeto do CBERS-2B será de 30%, ficando a China com 70%. Segundo essa proporção, o investimento brasileiro será de aproximadamente US$ 15 milhões, já incluindo os custos de lançamento. O custo total do Brasil com CBERS-1 e 2 foi de US$ 118 milhões.


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