Exemplar de Thamnodynaste phoenix, descrita em artigo na revista Salamandra, foi recuperada após incêndio que destruiu maior parte da coleção herpetológica do Instituto Butantan (foto: Cemafauna Caatinga)

Nova espécie de serpente sobrevive a incêndio
06 de outubro de 2017

Exemplar de Thamnodynaste phoenix, descrita em artigo na revista Salamandra, foi recuperada após incêndio que destruiu maior parte da coleção herpetológica do Instituto Butantan

Nova espécie de serpente sobrevive a incêndio

Exemplar de Thamnodynaste phoenix, descrita em artigo na revista Salamandra, foi recuperada após incêndio que destruiu maior parte da coleção herpetológica do Instituto Butantan

06 de outubro de 2017

Exemplar de Thamnodynaste phoenix, descrita em artigo na revista Salamandra, foi recuperada após incêndio que destruiu maior parte da coleção herpetológica do Instituto Butantan (foto: Cemafauna Caatinga)

 

Agência FAPESP – A revista alemã Salamandra publicou em agosto artigo em que o pesquisador Francisco Luis Franco, do Laboratório Especial de Coleções Zoológicas do Instituto Butantan, descreve uma nova espécie de serpente, a Thamnodynaste phoenix.

O gênero Thamnodynaste é composto atualmente por 19 espécies de cobras vivíparas (que colocam ovos) e opistóglifas (cujos dentes inoculadores de peçonha se encontram na parte posterior do maxilar superior).

A serpente estudada foi doada pelo Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) ao Instituto Butantan. Em março de 2010, o Instituto sofreu um grave incêndio que destruiu 90% da Coleção Herpetológica “Alphonse Richard Hoge”, atingindo grande parte de seu material biológico.

Foram resgatados somente alguns espécimes, incluindo dois espécimes em depósito da Thamnodynaste phoenix. Daí o nome da espécie, uma alusão à ave mitológica que morre em combustão e renasce das próprias cinzas.

Segundo o Cemafauna Caatinga, a nova espécie hemipeniana se distingue de todos os seus congêneres por uma combinação única de caracteres, incluindo 19 linhas dorsais de escamas lisas no meio do corpo, o menor número de linhas sob a cauda no gênero e uma morfologia e padrão de coloração distintos.

A Thamnodynaste phoenix tem ampla ocorrência nas áreas abertas do semiárido nordestino. O município de Petrolina, interior de Pernambuco, especificamente o Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) ficou designado como a localidade da espécie.

O artigo A new species of Thamnodynastes from the open áreas of central and northeastern Brazil (Serpentes: Dipsadidae: Tachymenini), de Francisco L. Franco, Vivian C. Trevine, Giovanna G. Montingelli e Hussam Zaher, pode ser lido em https://goo.gl/1fP1vr.
 

  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.