O fitoplâncton dos oceanos (em verde) poderão não se adaptar ao aumento da concentração de dióxido de carbono (foto: ESA)

Mudança dramática
05 de outubro de 2004

Estudo divulgado pela revista Nature, realizado na Universidade McGill, no Canadá, mostra que as algas podem não se adaptar às altas concentrações de dióxido de carbono das próximas décadas

Mudança dramática

Estudo divulgado pela revista Nature, realizado na Universidade McGill, no Canadá, mostra que as algas podem não se adaptar às altas concentrações de dióxido de carbono das próximas décadas

05 de outubro de 2004

O fitoplâncton dos oceanos (em verde) poderão não se adaptar ao aumento da concentração de dióxido de carbono (foto: ESA)

 

Agência FAPESP - Nós próximos 100 anos, em termos de concentração de dióxido de carbono na atmosfera, a humanidade deverá ser protagonista de uma mudança dramática. Com a elevação gigantesca desse composto no ar, não é apenas a temperatura sobre o planeta que deve se elevar.

Estudo divulgado pela edição atual da revista Nature, realizado por Sinéad Collins e Graham Bell, do Departamento de Biologia da Universidade de McGill, de Montreal, no Canadá, é taxativo: as algas podem não se adaptar a essa quantidade maior de dióxido de carbono. Assim, a tese de que esses organismos poderiam fixar o carbono disponível no meio ambiente, e assim ajudar no fechamento do balanço dos gases do efeito estufa, acaba de ficar em xeque.

A dupla de pesquisadores, segundo a qual esse resultado pode ser extrapolado para outros grupos de plantas, desenvolveu um experimento para analisar o fenótipo de mais de mil gerações do gênero Chlamydomonas. As algas, quando em ambientes com concentrações superiores a 1.050 partes por milhão, tiveram um crescimento pequeno.

"Os nossos experimentos mostraram que, ao longo do próximo século, comunidades do fitoplâncton desenvolverão sistemas de concentração de carbono menos eficientes dos que existem atualmente", concluíram os pesquisadores. O acúmulo de mutações genéticas, causada pela maior exposição ao dióxido de carbono, é o principal responsável por essa mudança, segundo eles.


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