Engenheiro agrônomo foi diretor administrativo da FAPESP entre 1986 e 1992. Enterro ocorreu na sexta-feira (27/5), em Barra Bonita (SP)
Engenheiro agrônomo foi diretor administrativo da FAPESP entre 1986 e 1992. Enterro ocorreu na sexta-feira (27/5), em Barra Bonita (SP)
Engenheiro agrônomo foi diretor administrativo da FAPESP entre 1986 e 1992. Enterro ocorreu na sexta-feira (27/5), em Barra Bonita (SP)
Engenheiro agrônomo foi diretor administrativo da FAPESP entre 1986 e 1992. Enterro ocorreu na sexta-feira (27/5), em Barra Bonita (SP)
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – O engenheiro agrônomo Paulo Isnard Ribeiro de Almeida, diretor administrativo da FAPESP entre 1986 e 1992, morreu na madrugada de sexta-feira (27/5) em Bauru, no interior paulista. Foi enterrado às 17 horas do mesmo dia, em Barra Bonita (SP), onde residia.
Almeida sofria de uma doença pulmonar autoimune que causa perda de capacidade respiratória, de acordo o engenheiro agrônomo Sérgio Lazzarini, um de seus amigos mais próximos – ambos se formaram em 1967 na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) e trabalharam juntos em diversas ocasiões.
Além da atuação na FAPESP, Almeida foi superintendente do escritório da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) em São Paulo, diretor de Desenvolvimento da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Agricultura (São Paulo), curador da Fundação Florestal e técnico do Instituto de Economia Agrícola, além de coordenador de Pesquisas de Recursos Naturais e diretor-geral do Instituto de Pesca.
Segundo Lazzarini, a gestão de Almeida como diretor administrativo da FAPESP mudou o perfil da Fundação, elevando sua performance financeira para um novo patamar.
“Ele era uma pessoa muito especial. Foi um articulador nato: um administrador competente que conseguia atuar com muita eficácia sem, no entanto, gerar conflitos”, disse Lazzarini à Agência FAPESP.
Lazzarini afirmou que a gestão de Almeida alterou todo o tratamento dos recursos da FAPESP, evitando que eles fossem corroídos pela alta inflação característica da época.
“O dinheiro antes era repassado aos pesquisadores, que não podiam aplicar. Com isso, os recursos eram dizimados pela inflação e os processos precisavam ser auditados dezenas de vezes. Almeida implantou um novo modo de funcionamento, no qual os recursos só eram liberados de acordo com as necessidades do projeto. Esse sistema potencializou imensamente os recursos da FAPESP”, afirmou.
Almeida estava aposentado, mas atuava como membro da Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar de Barra Bonita (Cooperbarra) e possuía uma fazenda na cidade do interior paulista.
No livro FAPESP 40 anos: Abrindo Fronteiras, organizado por Amélia Império Hamburger, Almeida é descrito como alguém que “compreende a dinâmica das instituições públicas em função dos objetivos delas, enxerga à frente e imprime eficiência de organização e qualidade de trabalho”.
“Pode-se dizer que [Almeida] inaugurou a profissionalização da gestão financeira e administrativa da FAPESP, até lá gerenciada por professores universitários sem experiência de administração. Organizou, com profissionais competentes, a gerência administrativa e a gerência financeira da Fundação. Essa medida garantiu um dos pilares que permitiram à FAPESP mudar de escala em seu orçamento e ampliar as áreas de atuação nas gestões que se seguiram”, diz o livro.
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