Empresa do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) cria máquina de passar roupa que deverá chegar ao mercado no segundo semestre. A Agillisa tem o tamanho de uma geladeira e capacidade para alisar até 12 peças de roupa em aproximadamente 60 minutos
Empresa do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) cria máquina de passar roupa que deverá chegar ao mercado no segundo semestre. A Agillisa tem o tamanho de uma geladeira e capacidade para alisar até 12 peças de roupa em aproximadamente 60 minutos
Por Thiago Romero
Agência FAPESP - Um produto totalmente automatizado e de baixo consumo de energia elétrica poderá mudar a rotina doméstica. Uma empresa residente no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), da Universidade de São Paulo (USP), está prestes a lançar no mercado brasileiro uma invenção inusitada: uma máquina de passar roupas a vapor.
O eletrodoméstico, que já foi batizado de Agillisa, tem o tamanho de uma geladeira e capacidade para alisar até 12 peças de roupa em aproximadamente 60 minutos. O alisamento é feito por meio de um fluxo contínuo de vapor saturado, que alivia as tensões das fibras para retirar as rugas do tecido. Em uma segunda etapa, a máquina realiza uma secagem por convecção forçada para manter a microgeometria das fibras.
"A máquina funciona por meio de um ciclo de vapor e outro de ar quente. Isso significa que é possível alisar roupa seca, semelhante ao processo convencional, e até roupa úmida", disse a responsável pela invenção do protótipo, Célia Jaber de Oliveira, à Agência FAPESP. "Neste caso, a roupa é retirada da lavadora e passa por um processo de centrifugação na Agillisa, fazendo com que o tecido já saia seco e liso", complementa.
A Agillisa faz um processo totalmente inverso ao do ferro de passar. "Enquanto o ferro amassa as fibras, o vapor da máquina solta as fibras deixando a roupa mais macia com o passar do tempo", ressalta Célia. O desenvolvimento do protótipo contou com a participação do técnico em mecânica Lupércio Jaber de Oliveira.
A previsão é que a máquina chegue ao mercado ainda no segundo semestre deste ano, a um preço estimado de R$ 2 mil. Segundo a pesquisadora, é preciso levar em consideração que, além de evitar a tarefa de passar roupas, o aparelho economiza até 50% de energia elétrica em relação ao ferro elétrico.
"Com a alisadora não há desperdício, pois toda a energia é aproveitada no trabalho. O ferro de passar fica ligado o tempo todo, mesmo quando não está sendo utilizado", disse.
A patente da invenção do equipamento já foi obtida pela Coll Projetos, Engenharia e Tecnologia. O projeto de desenvolvimento do produto contou com apoio financeiro da FAPESP. O trabalho foi coordenado pelo professor da Escola Politécnica da USP Nicola Getschko.
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