Em vez de suportadas, as dores nas costas precisam ser tratadas para que as seqüelas sejam as menores possíveis
Foto: Divulgação
Amostragem feita no Hospital das Clínicas em São Paulo com 154 pessoas mostra que 80% desse grupo sofre de dores crônicas nas costas
Amostragem feita no Hospital das Clínicas em São Paulo com 154 pessoas mostra que 80% desse grupo sofre de dores crônicas nas costas
Em vez de suportadas, as dores nas costas precisam ser tratadas para que as seqüelas sejam as menores possíveis
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Agência FAPESP - Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) analisou 154 pacientes, durante dois anos, que chegaram ao Hospital das Clínicas se queixando de dores nas costas. O estudo mostrou que 80% desse grupo realmente sofre de problemas crônicos na coluna.
A maioria dos pacientes era do sexo feminino. O grupo, formado por chefes de família inseridas no mercado de trabalho, tinha média de 43 anos. A pesquisa, realizada por médicos da Escola de Postura, da divisão de Medicina de Reabilitação do Hospital das Clínicas da FMUSP, estudou itens como capacidade funcional, estado geral de saúde, dor, vitalidade e saúde mental.
"Os resultados coincidem com a literatura científica da área, que mostra ser as dores nas costas uma das principais causas de afastamento do trabalho em todo o mundo", disse Carlos Alexandrino de Brito Júnior, coordenador do estudo, à Agência FAPESP. "E o pior é que o problema pode ocasionar desequilíbrios familiares, pois a diminuição da capacidade de produção acaba afetando o cotidiano de outros integrantes da família, provocando sérios problemas socioeconômicos."
Os pesquisadores constataram ainda que, além das alterações neurológicas e biomecânicas, o problema pode afetar psicologicamente o paciente. A não resolução rápida do problema, mostra a pesquisa, pode causar até sintomas de desânimo e depressão.
Considerando que, em cada dez paulistanos, pelo menos oito têm ou tiveram dores crônicas nas costas, a Escola de Postura passou a dar assistência médica a pessoas que sofrem de dores na coluna. "Nós estimulamos o conhecimento do próprio corpo, para que os pacientes consigam superar seus desvios de postura. A intenção é contribuir para que os portadores da dor lombar não sejam transformados em pessoas doentes. Quanto mais tempo o paciente fica sem tratamento, maiores serão as seqüelas", disse Brito Júnior.
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