Longo alcance
27 de junho de 2005

Lente angular programada para enxergar a luz infravermelha é instalada em telescópio no Havaí. As primeiras imagens do equipamento, 20 vezes mais potentes do que os atuais, foram feitas na sexta-feira (24/6)

Longo alcance

Lente angular programada para enxergar a luz infravermelha é instalada em telescópio no Havaí. As primeiras imagens do equipamento, 20 vezes mais potentes do que os atuais, foram feitas na sexta-feira (24/6)

27 de junho de 2005

 

Agência FAPESP - Com uma profundidade de campo sem precedentes e com o poder de vasculhar, de uma única vez, uma área no céu do tamanho de uma lua cheia, a nova lente angular do Telescópio Britânico para o Infravermelho (Ukirt, na sigla em inglês) pode tornar-se uma ferramenta importante para os astrônomos nos próximos meses. As primeiras imagens feitas com o equipamento na sexta (24/6) atestaram o poder do equipamento.

A lente, montada em Edimburgo, na Escócia, mas instalada em um telescópio no Havaí, é 20 vezes mais potente do que as de hoje. Por funcionar dentro do espectro do infravermelho ela tem condições de captar a luz de objetos distantes, como os quasares, que não são identificados pelas lentes normais, por causa da expansão do Universo. Esse processo impede que a luz chegue a um observador na Terra dentro do comprimento de onda do visível.

Devido aos primeiros resultados obtidos a partir do Oceano Pacífico, os pesquisadores acreditam que vasculhar o céu com o novo equipamento – e inclusive as galáxias mais próximas – será um passo decisivo para novas descobertas astronômicas. Uma das expectativas é a obtenção de mais detalhes sobre o fim da era das trevas do Universo. Passados 750 milhões de anos do Big Bang, acreditam os astrônomos, as primeiras galáxias e os quasares começaram a brilhar.

Outra missão que faz parte do projeto que engloba a nova lente é a descoberta de sistemas solares vizinhos ao da Terra. Os dados gerados pelo novo equipamento poderão ser usados por milhares de pesquisadores da Europa e do mundo. O trabalho de processar as imagens, entretanto, será restrito a um grupo de cem pessoas, que serão, praticamente, os mapeadores do universo.


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