Investimentos escassos
25 de julho de 2005

Segundo Ronald Martin Dauscha, presidente da Anpei, apenas 30% de todas as empresas brasileiras fazem algum tipo de inovação. "Isso é muito pouco", alerta

Investimentos escassos

Segundo Ronald Martin Dauscha, presidente da Anpei, apenas 30% de todas as empresas brasileiras fazem algum tipo de inovação. "Isso é muito pouco", alerta

25 de julho de 2005

 

Agência FAPESP - Comparado a países da Europa e aos Estados Unidos, o Brasil ainda investe pouco em inovação tecnológica. Em média, os empresários que trabalham com pesquisa e desenvolvimento não aplicam mais que 0,64% de seu faturamento em inovação, seja na melhoria de seus produtos ou na compra de equipamentos.

Os dados foram apresentados por Ronald Martin Dauscha, presidente da Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei). O executivo foi o convidado do Café Inovação, promovido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), na Expociência, mostra paralela à 57ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na semana passada em Fortaleza.

Segundo Dauscha, apenas 30% de todas as empresas brasileiras fazem algum tipo de inovação, sendo os setores de informática, eletrônico e químico os que mais inovam. "Isso é muito pouco", alertou, segundo comunicado da Finep.

Na opinião do presidente da Anpei, para que a inovação cresça nas empresas brasileiras é preciso ampliar ainda mais os incentivos fiscais e as subvenções econômicas. "A Lei de Inovação representa um grande avanço no setor, pois permite às empresas inovadoras abaterem no Imposto de Renda, por exemplo, 160% do total investido em pesquisa e desenvolvimento (P&D), podendo chegar a 200% caso apresentem, em seus quadros, mestres e doutores, além de produtos patenteados", afirmou.

Para Dauscha, torna-se cada vez mais necessário aproximar os empresários das instituições de pesquisa do país, de forma a criar um ambiente inovador. Segundo ele, as empresas com mais de 500 funcionários são as que apresentam as maiores taxas de investimento em P&D.

Dauscha acredita que a inovação nas empresas menores vai ocorrer no momento em que elas tiverem uma visão mais abrangente do mercado e conseguirem evoluir nas técnicas de gestão industrial e de fabricação. "Para isso, elas precisam ser ajudadas", disse. A palestra de Dauscha encerrou o ciclo de debates realizado pela Finep na Expociência.


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