Representantes da academia, do governo, terceiro setor e de comunidades tradicionais estarão reunidos em Belém (PA) para discutir o potencial de usar inovação orientada por missões para estruturar o financiamento à pesquisa e ao desenvolvimento na região (foto: Iniciativa Amazônia+10/divulgação)

Iniciativa Amazônia+10 promove mesa-redonda em evento que antecede a Cúpula da Amazônia
02 de agosto de 2023

Representantes da academia, do governo, terceiro setor e de comunidades tradicionais estarão reunidos em Belém (PA) para discutir o potencial de usar inovação orientada por missões para estruturar o financiamento à pesquisa e ao desenvolvimento na região

Iniciativa Amazônia+10 promove mesa-redonda em evento que antecede a Cúpula da Amazônia

Representantes da academia, do governo, terceiro setor e de comunidades tradicionais estarão reunidos em Belém (PA) para discutir o potencial de usar inovação orientada por missões para estruturar o financiamento à pesquisa e ao desenvolvimento na região

02 de agosto de 2023

Representantes da academia, do governo, terceiro setor e de comunidades tradicionais estarão reunidos em Belém (PA) para discutir o potencial de usar inovação orientada por missões para estruturar o financiamento à pesquisa e ao desenvolvimento na região (foto: Iniciativa Amazônia+10/divulgação)

 

Agência FAPESP – A capital paraense sediará neste fim de semana (de 04 a 06 de agosto) o evento “Diálogos Amazônicos”, que foi idealizado pelo governo federal e conta com uma extensa programação de plenárias voltadas a demandas da sociedade civil sobre temas ligados ao meio ambiente e à formulação de estratégias para a região.

Entre as mesas de discussão está a de “Inovação Orientada para Missões para alavancar as Bioeconomias da Amazônia”, organizada pela Iniciativa Amazônia+10 – projeto do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) que reúne 25 Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) estaduais para apoiar e financiar a transição para um modelo de desenvolvimento sustentável da Amazônia por meio de ciência, tecnologia e inovação (CT&I).

Uma das linhas de atuação da Iniciativa Amazônia+10 é o programa Desafios da Amazônia, que visa coordenar esforços multidisciplinares de pesquisa, de desenvolvimento tecnológico e de inovação na resolução de problemas concretos vivenciados na região da Amazônia Legal.

A mesa-redonda será realizada na sexta-feira, entre 16h e 18h, com a participação de convidados de diferentes perfis – incluindo academia, governo, terceiro setor e comunidades tradicionais – para discutir como a inovação orientada por missões pode mobilizar recursos de CT&I para o adensamento e a qualificação das cadeias produtivas ligadas a produtos e serviços das bioeconomias na Amazônia.

Os participantes serão Raquel Tupinambá, coordenadora do Conselho indígena Tupinambá do baixo Tapajós Amazônia (Citupi); Paulo Simonetti, líder da iniciativa estratégica Inovação e Bioeconomia do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam); Andre Wongtschowski, gerente de Operações da World-Transforming Technologies (WTT), uma fundação dedicada a promover a inovação como ferramenta para a superação de desafios sociais e ambientais; e Judson Ferreira Valentim, do Centro de Pesquisa Agroflorestal do Acre, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A mediação será feita por Marcel do Nascimento Botelho, diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa).

O grupo debaterá o potencial de usar inovação orientada por missões para estruturar o financiamento à pesquisa e ao desenvolvimento (P&D) na região. 

"A discussão vai contribuir com olhares diferentes de pesquisadores renomados e conscientes dos desafios superlativos que temos na Amazônia", explica o diretor-presidente da Fapespa. "Vamos trazer visões para enriquecer o debate sobre o tema e podermos chegar a denominadores comuns, que vão orientar as novas propostas de pesquisa em busca de um desenvolvimento sustentável na região."

Políticas de inovação orientadas por missões consistem em uma combinação de diferentes instrumentos de políticas públicas que buscam aplicar conhecimento científico e tecnologias inovadoras na resolução de grandes desafios públicos e sociais. Uma missão possui uma meta clara, ambiciosa, mensurável e com um prazo delimitado. O aspecto central da inovação orientada por missões é que o ponto de partida é o impacto que será gerado. É a partir dele que é estabelecida a missão, e a partir daí são estruturados os instrumentos e formas de apoio para que pesquisadores e empresas inovadoras direcionem os esforços de produção científica e tecnológica para resolver um problema complexo, de interesse público.

O debate será pautado por três perguntas: Como identificar necessidades de inovação e gargalos tecnológicos nas cadeias produtivas da bioeconomia amazônica? Como financiar e desenvolver soluções para responder a essas necessidades dentro do ecossistema de CT&I da Amazônia Legal? E, por fim, como disseminar e apoiar a adoção dessas soluções em escala?

A ideia é que as discussões de cada plenária resultem em cartas temáticas, que serão levadas à Cúpula da Amazônia, evento que acontece na sequência, nos dias 8 e 9 deste mês em Belém, e que reunirá representantes de países-membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) – Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela – e também outros chefes de Estados.

O evento será realizado no Hangar Centro de Convenções, av. Dr. Freitas, s/n - Marco, Belém (PA).

Mais informações em: www.gov.br/secretariageral/pt-br/assuntos/dialogosamazonicos.
 

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