Cientistas seqüenciam genoma de bactéria que vive nas células reprodutivas de um milhão de espécies
(foto: divulgação)
Cientistas do The Institute for Genomic Research seqüenciam o genoma da proteobactéria Wolbachia, parasita que vive nas células reprodutivas de um milhão de espécies e está ligada a doenças que atingem o ser humano
Cientistas do The Institute for Genomic Research seqüenciam o genoma da proteobactéria Wolbachia, parasita que vive nas células reprodutivas de um milhão de espécies e está ligada a doenças que atingem o ser humano
Cientistas seqüenciam genoma de bactéria que vive nas células reprodutivas de um milhão de espécies
(foto: divulgação)
Para entender como essas manipulações bioquímicas ocorrem em nível celular, um grupo de cientistas do The Institute for Genomic Research (TIGR), dos Estados Unidos, acaba de seqüenciar o genoma do parasita. O resultado da pesquisa foi publicado na edição de março da PLoS Biology, da Public Library of Science.
A atuação da proteobactéria pode ser identificada de várias formas. Ela é ativa, por exemplo, na partenogênese. A prole gerada de uma fêmea infectada pela Wolbachia também contará com a sua presença. A bactéria tem também o poder de transformar machos em fêmeas, de matar os exemplares do sexo masculino e ainda gerar uma incompatibilidade citoplasmática. Fêmeas dos hospedeiros não infectadas, quando acasalam com machos infectados, acabam não gerando descendentes férteis.
Segundo Jonathan Eisen, o principal autor da pesquisa, a composição do genoma recém-publicado é bastante diferente de outros conhecidos de bactérias intracelulares. Segundo o cientista, o estudo específico feito da Wolbachia pipients wMel revelou uma grande quantidade de DNA-lixo (do qual não se conhece bem a função).
Os cientistas acreditam que entender o genoma da Wolbachia será muito útil para o desenvolvimento de novas formas de tratamento de doenças como filiariose linfática ou elefantíase. Os pequenos vermes que provocam essas doenças não se reproduzem sem a presença das proteobactérias parasitas.
Outro caminho que poderá ser trilhado no futuro está relacionado com o combate de doenças como a dengue. Os pesquisadores acreditam que a incompatibilidade citoplasmática provocada de forma natural pela Wolbachia é uma pista importante, que não pode ser descartada.
Para ler o artigo na PLoS Biology, clique aqui.
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