Em colaboração com MCTI, Ministério das Comunicações e CGI.br, serão constituídos até dois novos centros. Propostas serão recebidas até 1º de fevereiro de 2022 (imagem: reprodução)

FAPESP lança segunda chamada para Centros de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial
15 de outubro de 2021

Em colaboração com MCTI, Ministério das Comunicações e CGI.br, serão constituídos até dois novos centros. Propostas serão recebidas até 1º de fevereiro de 2022

FAPESP lança segunda chamada para Centros de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial

Em colaboração com MCTI, Ministério das Comunicações e CGI.br, serão constituídos até dois novos centros. Propostas serão recebidas até 1º de fevereiro de 2022

15 de outubro de 2021

Em colaboração com MCTI, Ministério das Comunicações e CGI.br, serão constituídos até dois novos centros. Propostas serão recebidas até 1º de fevereiro de 2022 (imagem: reprodução)

 

Agência FAPESP – A FAPESP lançou ontem (14/10) a segunda chamada de propostas para a criação de Centros de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial (CPAs-IA), em colaboração com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Ministério das Comunicações e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

Propostas serão recebidas até 1º de fevereiro de 2022. A iniciativa integra o Programa FAPESP de Centros de Pesquisa em Engenharia/Centros de Pesquisa Aplicada, que oferece apoio para a criação em universidades ou institutos de pesquisa de centros de pesquisa em parceria com empresas.

Na nova chamada, serão selecionados até dois centros para o desenvolvimento de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação orientadas à resolução de problemas com o uso de inteligência artificial. Um dos centros terá como foco a segurança de informação e segurança cibernética e o outro, com uma agenda mais ampla, desenvolverá pesquisa sobre aprendizado de máquina, redes neurais e robótica, entre outras tecnologias. Um dos centros será sediado no Estado de São Paulo e o outro deverá ter sede em outro Estado.

A composição de cada CPA-IA inclui os pesquisadores de sua instituição-sede e, obrigatoriamente, de ao menos mais três Instituições de Pesquisa em Ciência e Tecnologia (ICTs) de outras unidades da Federação. Também deve apresentar ao menos uma parceria bem estabelecida com uma ICT internacional com relevante atuação no tema de inteligência artificial.

A FAPESP reservará um total de até R$ 20 milhões para a implementação da chamada. Por sua vez, cada CPA-IA pode pleitear junto à Fundação um orçamento de no máximo R$ 1 milhão por ano, sendo que a empresa parceira deverá realizar aportes equivalentes.

Os recursos para o financiamento dos projetos têm origem na arrecadação de recursos remanescentes do período em que a FAPESP geriu as atividades de registro de domínio de endereços IP no país, entre 1998 e dezembro de 2005, quando então essa tarefa foi assumida pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

O edital, entretanto, não limita à FAPESP e à empresa parceira a composição do orçamento dos centros – serão valorizadas no processo de avaliação de propostas aquelas que apontarem a existência de financiamento de outras fontes, como outras empresas, Fundações de Amparo à Pesquisa estaduais e entidades do terceiro setor.

A chamada de propostas está publicada em: www.fapesp.br/15116.

Agenda nacional de tecnologia

O lançamento da segunda chamada de propostas foi realizado em evento do MCTI, com a participação do ministro Marcos Pontes, do secretário de Empreendedorismo e Inovação, Paulo Alvim, e do secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão. Participaram on-line o presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, o diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo, Carlos Américo Pacheco, e o diretor científico da Fundação, Luiz Eugênio Mello, além de três representantes do CGI.br: Márcio Migon, coordenador; Demi Getschko, conselheiro; e Hartmut Glaser, secretário-executivo.

“Em todo o mundo os países estão fazendo agendas nacionais de tecnologias de inteligência artificial. Estamos provendo o país com recursos para essa retomada”, afirmou Zago.

Mello lembrou que na primeira chamada foram submetidas 19 propostas, avaliadas entre outubro de 2020 e março de 2021.

“Foram 80 pareceres, incluindo os de consultores internacionais. A expectativa era selecionar quatro projetos, mas, ante a qualidade das propostas, a FAPESP, o MCTI e o CGI.br decidiram selecionar seis, em São Paulo e em outros Estados, nas áreas de saúde, indústria, agropecuária e cidades inteligentes”, contou o diretor científico da FAPESP.

Pacheco sublinhou que os centros de pesquisa em inteligência artificial também estarão voltados à formação de recursos humanos qualificados em vários níveis. “A deficiência de quadros é gigantesca. Espero que os proponentes sejam desafiados a fazer alianças regionais capazes de apresentar um plano de dimensão nacional na formação de recursos humanos”, disse.

“Ressalto a importância da parceria com a FAPESP e com o CGI.br para dar continuidade a programas estratégicos”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações.
 

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