FAPESP e Royal Society promovem reunião bilateral em Londres

Objetivo do evento foi estabelecer laços e fomentar a colaboração entre pesquisadores do Estado de São Paulo e do Reino Unido

Agência FAPESP – Com o objetivo de estabelecer laços e fomentar a colaboração entre pesquisadores do Estado de São Paulo e do Reino Unido, a FAPESP e a Royal Society organizaram no mês de outubro, em Londres, a UK-Brazil Bilateral International Meeting. O evento foi focado em dois grandes temas: “Segurança Alimentar e Biotecnologia na Agricultura” e “Materiais Quânticos e Fotônicos”.

A abertura do seminário foi feita pelo professor Marcio de Castro Silva Filho, diretor científico da FAPESP, e por Sir Mark Walport, secretário de Relações Exteriores e vice-presidente da Royal Society. Do lado brasileiro, participaram 18 pesquisadores de diversas instituições, como Instituto Agronômico (IAC), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e as universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp), Estadual Paulista (Unesp) e Federal de São Carlos (UFSCar). O lado britânico contou com um número equivalente de palestrantes, oriundos das universidades de York, Warwick, Heriot-Watt, de Glasgow, de Edinburgh, de Nottingham, de Strathclyde, de Cambridge, do Imperial College London, do John Innes Centre, The Pirbright Institute, The James Hutton Institute e National Institute of Agricultural Botany.

Todos ministraram palestras com resultados de pesquisas, seguidas de sessões de discussão e networking. Alguns dos temas abordados foram: os efeitos das mudanças de temperatura no transcriptoma do arroz; o impacto da genômica para a intensificação sustentável da produção de carne nos trópicos, modelagem e controle de doenças infecciosas em animais de criação; Espectroscopia de Quebra Induzida por Laser (LIBS ) aplicada à agricultura e ao meio ambiente; técnicas de detecção de fóton único para imagens tridimensionais subaquáticas; comunicação segura com tecnologia quântica; e sensoriamento quântico do cérebro.

“Foi um encontro excelente em todos os aspectos”, relata Castro Silva à Agência FAPESP. “Chamou a atenção o alto nível das palestras, de ambos os lados. A qualidade da pesquisa desenvolvida em São Paulo foi destacada pelos ingleses”, acrescenta o diretor científico da Fundação.

Ainda segundo Castro Silva, os primeiros frutos do encontro começaram a amadurecer agora no fim de novembro. “Fomos chamados pelo UKRI [UK Research and Innovation, uma das principais agências de fomento à pesquisa do Reino Unido], para negociar os termos de um novo acordo de cooperação, que deverá abranger as duas áreas que foram tema do evento, mas também outras”, conta.

Além de Castro Silva e dos pesquisadores palestrantes, a delegação brasileira contou com três assessores da Diretoria Científica: Niels Olsen Saraiva Câmara, Concepta McManus Pimentel e Meritxell Zurita.

Delegação brasileira contou com vários Jovens Pesquisadores da FAPESP (foto: divulgação)

“Quando selecionamos os participantes brasileiros buscamos não apenas um equilíbrio entre as áreas de pesquisa como também entre homens e mulheres. E conseguimos reunir um grupo bem diverso”, afirma Zurita.

“Os palestrantes eram, em sua maioria, muito jovens. Boa parte era de Jovens Pesquisadores FAPESP”, acrescenta Câmara.