Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, e Laurent Linguet, presidente da Universidade da Guiana Francesa, assinam acordo de cooperação (foto: Daniel Antonio / Agência FAPESP)
Entre os temas de interesse para projetos colaborativos estão a exploração sustentável da biodiversidade amazônica, prevenção de doenças transmissíveis e doenças crônicas e construção sustentável
Entre os temas de interesse para projetos colaborativos estão a exploração sustentável da biodiversidade amazônica, prevenção de doenças transmissíveis e doenças crônicas e construção sustentável
Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, e Laurent Linguet, presidente da Universidade da Guiana Francesa, assinam acordo de cooperação (foto: Daniel Antonio / Agência FAPESP)
Agência FAPESP – A FAPESP e a Universidade da Guiana Francesa (UG) assinaram um acordo de cooperação científica e tecnológica no dia 30 de novembro. O objetivo é fomentar a interação entre pesquisadores paulistas e franco-guianenses por meio do financiamento conjunto de projetos. O documento tem validade de cinco anos, podendo ser prorrogado se houver interesse de ambas as partes.
Em visita à sede da Fundação, o presidente da instituição de ensino, Laurent Linguet, manifestou o interesse em colaborar com o Brasil em estudos sobre a Amazônia. Vale destacar que o território franco-guianense – considerado um departamento francês ultramarino e, portanto, parte da União Europeia – é quase totalmente coberto pela floresta tropical. “Penso que juntos podemos fazer muitas coisas boas para nossas populações, para a floresta amazônica e para nossas nações. Vejo muitos interesses comuns, principalmente em temas como ecologia, biodiversidade, silvicultura e os impactos das mudanças climáticas na Amazônia”, disse à Agência FAPESP.
Além de Linguet, estiveram presentes no encontro Antoine Primerose, diretor do Instituto Amazônico da Biodiversidade e da Inovação Sustentável; Giulia Manera, pró-reitora de Relações Internacionais; Ghislaine Prévot, pró-reitora de Pesquisa; e Nadège Mézié, adida para Ciência e Tecnologia do Consulado Geral da França em São Paulo.
A delegação foi recebida pelo presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, que falou sobre a possibilidade de a Universidade da Guiana Francesa integrar a Iniciativa Amazônia +10. “Trata-se de uma iniciativa idealizada pela FAPESP e que hoje já tem a adesão de FAPs [Fundações de Amparo à Pesquisa] de todos os Estados brasileiros. Lançamos recentemente uma nova chamada para apoiar expedições científicas na região e entidades internacionais estão sendo convidadas a participar. Mas penso que poderia ser negociada a participação da Universidade da Guiana Francesa não como uma entidade estrangeira e sim como uma das entidades da região amazônica, como um Estado-membro”, afirmou Zago.
Outros temas de interesse para colaboração mencionados na reunião foram doenças infecciosas e transmissíveis, incluindo arboviroses como zika, dengue e chikungunya; doenças crônicas, como diabetes; exploração sustentável da biodiversidade; e construção sustentável, baseada em materiais ecológicos, como biomassa.
“Escolhemos tratar três prioridades que são, ao mesmo tempo, acadêmicas e sociais: alimentação sustentável, alternativas para promover a saúde global e construção sustentável. Nós já alcançamos alguns bons resultados e pretendemos amplificá-los em projetos colaborativos”, pontuou Primerose.
“A temática da construção não estava na minha lista a princípio, mas achei muito importante e fiquei satisfeito de saber que já há um contato com a Escola de Engenharia em São Carlos [da Universidade de São Paulo]. Estaremos dispostos a apoiar as pesquisas nessa área”, destacou Zago.
Também participaram do encontro Concepta McManus Pimentel, assessora da Diretoria Científica da FAPESP, e Cláudia Tony, assessora da Presidência.
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