Mary Sue Coleman e Celso Lafer assinam acordo de cooperação e FAPESP e University of Michigan lançam chamada de propostas de pesquisa (foto:Samuel Iavelberg)
Instituições lançam primeira chamada de propostas de pesquisa no âmbito do acordo de cooperação
Instituições lançam primeira chamada de propostas de pesquisa no âmbito do acordo de cooperação
Mary Sue Coleman e Celso Lafer assinam acordo de cooperação e FAPESP e University of Michigan lançam chamada de propostas de pesquisa (foto:Samuel Iavelberg)
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – A FAPESP recebeu, no dia 25 de setembro, a visita de uma delegação da Universidade de Michigan, dos Estados Unidos.
Na ocasião, as duas instituições assinaram um acordo de cooperação científica e acadêmica com o objetivo de estimular a colaboração entre pesquisadores do Estado de São Paulo com os da universidade norte-americana a partir do desenvolvimento de projetos conjuntos de pesquisa que poderão incluir o intercâmbio de pesquisadores e de estudantes de pós-graduação.
No mesmo dia, as instituições lançaram a primeira chamada de propostas de pesquisa no âmbito do acordo.
A FAPESP e a Universidade de Michigan apoiarão cada proposta selecionada com até US$ 20 mil por ano (até US$ 10 mil de cada parte). As propostas serão recebidas até o dia 15 de fevereiro de 2013. Os projetos selecionados poderão ter duração de até 24 meses.
O acordo de cooperação é o primeiro de uma série de convênios que a universidade norte-americana, localizada na cidade de Ann Arbor, no estado de Michigan, pretende celebrar com instituições científicas na América Latina, especialmente do Brasil.
“Estamos honrados em podermos trabalhar com as principais universidades e agências de fomento à pesquisa no Brasil, que não é somente uma economia emergente, mas que também está se destacando mundialmente em pesquisa”, disse Mary Sue Coleman, reitora da Universidade de Michigan, à Agência FAPESP.
“As universidades e instituições de pesquisa brasileiras realizam contribuições científicas impressionantes, e o Brasil está caminhando rumo ao topo dos países líderes em produção científica. Queremos trabalhar com instituições de pesquisa brasileiras”, disse Coleman.
Coleman é a primeira dirigente da Universidade de Michigan a visitar o Brasil. Durante sua passagem por São Paulo, a delegação da universidade norte-americana visitou a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade de São Paulo (USP), com a qual também assinaram acordo de cooperação.
A Universidade de Michigan mantém colaborações em pesquisa em áreas como a da saúde, realizando estudos sobre câncer, em parceria com pesquisadores brasileiros.
“Como reitora da Universidade de Michigan tenho levado delegações de professores para estabelecer parcerias com pesquisadores de países como China, Gana e África do Sul. E estou muito feliz que nossa primeira de uma série de colaborações que pretendemos estabelecer na América Latina tenha sido feita no Brasil com a FAPESP”, afirmou Coleman.
Relações históricas
Coleman lembrou que o primeiro contato de um pesquisador da Universidade de Michigan com o Brasil foi estabelecido em 1870, quando o naturalista Joseph Beal Steere (1842-1940) viajou para a região amazônica para estudar as plantas e os animais presentes no bioma.
A viagem de Steere ocorreu quase 50 anos antes da famosa expedição realizada entre 1913 e 1914 pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt (1858-1919), e pelo marechal brasileiro Cândido Rondon (1865-1958) ao “Rio da Dúvida”, na bacia amazônica.
Steere permaneceu um ano e meio no Brasil e mais três anos e meio viajando pela América Latina, Ásia e Europa, onde coletou 60 mil amostras de espécies de animais, pássaros, insetos e mais de mil espécies de plantas.
As amostras ampliaram o acervo das coleções naturais da Universidade de Michigan e impulsionaram a fundação do Museu de História Natural da instituição – o primeiro museu do gênero criado por uma universidade pública nos Estados Unidos.
“Fico muito feliz em estar diante de um grupo de pesquisadores brasileiros compartilhando essa história”, disse Coleman durante o encontro com dirigentes e coordenadores da FAPESP.
A delegação norte-americana foi recebida por Celso Lafer, presidente da FAPESP, e por Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação.
Durante o encontro, os dirigentes da FAPESP fizeram uma apresentação sobre o funcionamento, as principais modalidades de apoio à pesquisa e os acordos de cooperação científica que a FAPESP possui com universidades, instituições e agências de fomento à pesquisa de diversos países.
“A FAPESP tem se preocupado em criar oportunidades para que pesquisadores do Estado de São Paulo possam realizar colaborações em pesquisa com cientistas de todo o mundo. O acordo de cooperação assinado com a Universidade de Michigan faz parte dos esforços da instituição de internacionalização da ciência produzida no Estado de São Paulo”, disse Lafer.
Mais informações sobre o acordo: www.fapesp.br/acordos-michigan.
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