Evento na Alesp abordará os fenômenos de desinformação nos meios digitais e os impactos das notícias falsas em campanhas de imunização, entre outros temas (imagem: Pixabay)

Fake news na ciência é tema do Ciclo ILP-FAPESP
19 de março de 2019

Evento na Alesp abordará fenômenos de desinformação nos meios digitais e impactos das notícias falsas em campanhas de imunização, entre outros temas

Fake news na ciência é tema do Ciclo ILP-FAPESP

Evento na Alesp abordará fenômenos de desinformação nos meios digitais e impactos das notícias falsas em campanhas de imunização, entre outros temas

19 de março de 2019

Evento na Alesp abordará os fenômenos de desinformação nos meios digitais e os impactos das notícias falsas em campanhas de imunização, entre outros temas (imagem: Pixabay)

 

Agência FAPESP – As fake news, notícias falsas propagadas principalmente por meio das redes sociais, não poupam assunto nem área de conhecimento. Os impactos desse fenômeno na ciência serão discutidos no primeiro evento do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação de 2019.

Resultado de uma parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista e a FAPESP, o evento ocorrerá no próximo dia 25 de março, das 15h às 17h, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), e contará com a participação de quatro palestrantes. Inscrições podem ser feitas pelo site da Alesp. 

O jornalista Francisco Rolfsen Belda, professor do Departamento de Comunicação Social e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Mídia e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), abordará a “Divulgação científica, desinformação e indicadores de credibilidade jornalística”. Sua apresentação refletirá sobre as relações entre as práticas de divulgação científica, os fenômenos de desinformação nos meios digitais e a busca por critérios capazes de indicar a credibilidade de conteúdos jornalísticos distribuídos na internet.

"Com a profusão de notícias na internet, sobretudo nas chamadas mídias sociais, é cada vez mais difícil distinguir a informação de qualidade do ruído. Quando se trata de informação científica, essa distinção é ainda mais complicada. Muitas vezes, os leitores acabam tomando como verdade a posição de fontes pouco confiáveis ou formando sua própria opinião a partir de relatos mal apurados ou de informações de qualidade duvidosa”, afirma Belda.

A médica Helena Sato, diretora técnica da Divisão de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, participará do evento com o tema “Os impactos das fake news nas campanhas de imunização”.

Sato abordará as notícias falsas que atingiram, no ano passado, as campanhas de vacinação contra doenças como a febre amarela, o sarampo, a poliomielite e o HPV (vírus que pode causar câncer de colo de útero), segundo levantamento feito pelo Ministério da Saúde a partir de monitoramento da internet.

Essa constatação levou o governo federal a lançar uma ação contra a disseminação de notícias falsas, com vídeos didáticos sobre como identificar essas informações. O Ministério da Saúde também adotou em seu site uma seção exclusiva para combater as notícias falsas da área da saúde.

“A ciência, que por construção deveria ser imune à pós-verdade e à produção de notícias falsas, é um território do conhecimento humano que também está sendo invadido por opiniões e crenças que se sobrepõem ao rigor científico”, avalia Peter Schulz, professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele fará a apresentação “Quando a ciência dá lugar à pseudociência e vice-versa: como evitar prejuízos à sociedade”.

Também participará do evento a pesquisadora e uma das fundadoras do Instituto Questão de Ciência, Natalia Pasternak Taschner, com a apresentação “Consulte um cientista! Como formular políticas públicas baseadas em evidências”. O Instituto Questão de Ciência tem a missão de apontar e corrigir a falsificação e a distorção do conhecimento científico, além de promover a educação científica e apoiar o uso de evidências na formulação de políticas públicas. 

Ciclo

O Ciclo ILP-FAPESP tem o objetivo de promover eventos de divulgação científica voltados à sociedade, legisladores, gestores públicos e outros interessados. As palestras do Ciclo ILP-FAPESP são abertas ao público e têm inscrições gratuitas. As vagas, porém, são limitadas.

Neste ano, como ocorreu em 2018, o evento terá ainda mais sete edições, entre abril e junho e entre agosto e novembro. Os próximos temas a serem abordados no primeiro semestre são “Big data e machine learning” e “Álcool e drogas na adolescência”.

O conteúdo apresentado em edições passadas do evento pode ser consultado em reportagens da Agência FAPESP, como as que abordaram Inteligência artificial, Biotecnologia na agricultura e A ciência contra o câncer.
 

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