Foto: Marcelo Honório
Cientistas da Universidade McGill, no Canadá, verificam que a utilização de radiação ultravioleta em sistemas de ar-condicionado provoca grande redução em problemas respiratórios e outros sintomas comuns a quem trabalha em escritório
Cientistas da Universidade McGill, no Canadá, verificam que a utilização de radiação ultravioleta em sistemas de ar-condicionado provoca grande redução em problemas respiratórios e outros sintomas comuns a quem trabalha em escritório
Foto: Marcelo Honório
De acordo com o estudo, cerca de 70% dos trabalhadores em nações industrializadas ocupam escritórios com ar-condicionado e costumam ter sintomas de problemas respiratórios, bem como irritação das membranas mucosas da garganta, nariz ou olhos.
Os pesquisadores, liderados por Dick Menzies, do Montreal Chest Institute, que pertence à universidade canadense, realizaram diversos testes com 771 voluntários, durante 48 semanas. Após um período inicial de 12 semanas, um sistema com radiação ultravioleta germicida foi utilizado por 4 semanas. A seqüência foi repetida por duas vezes.
Os trabalhadores que inicialmente estavam com algum tipo de problema tiveram uma redução de 40% nos sintomas respiratórios e 30% nos sintomas relacionados às mucosas. De acordo com os cientistas, os benefícios foram maiores para os não fumantes, que tiveram uma redução de 50% nas reclamações de problemas musculares.
"A instalação do ultravioleta germicida pode resolver sintomas típicos de escritórios, provocados pela contaminação por micróbios de sistemas de ventilação, aquecimento ou ar-condicionado, para cerca de 4 milhões de pessoas, apenas na América do Norte", disse Menzies em comunicado distribuído pela The Lancet.
Os cientistas da Universidade McGill estimaram o custo de instalação dos sistemas antimicrobianos. Para um prédio de escritórios com 11.148 metros quasrados, com 1 mil ocupantes, a instalação sairia em US$ 52 mil e os gastos anuais seriam de US$ 14 mil, em eletricidade e manutenção.
"O custo por trabalhador, se comparado com a perda para as empresas devido a faltas relacionadas a doenças típicas de quem trabalha em escritório, é altamente compensador", diz Menzies.
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