Exploração racional das águas subterrâneas
12 de setembro de 2005

Pesquisadores preparam documento sobre os principais aqüíferos de São Paulo. A idéia é elaborar um mapa das águas subterrâneas do Estado, impresso e em formato digital, para que os órgãos responsáveis possam proteger os aqüíferos e controlar a exploração

Exploração racional das águas subterrâneas

Pesquisadores preparam documento sobre os principais aqüíferos de São Paulo. A idéia é elaborar um mapa das águas subterrâneas do Estado, impresso e em formato digital, para que os órgãos responsáveis possam proteger os aqüíferos e controlar a exploração

12 de setembro de 2005

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - É fato que a escassez de água preocupa a população em todo o país. Atento a essa situação, um grupo de pesquisadores paulista está trabalhando para garantir o uso sustentado dos recursos hídricos subterrâneos do Estado de São Paulo.

Por meio de uma parceria entre o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Instituto Geológico (IG) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), está em fase de conclusão o mapa dos aqüíferos paulistas que sintetiza, em um único documento, informações estratégicas sobre reservas hídricas importantes no Estado.

"O mapa foi elaborado considerando informações existentes nos arquivos das quatro entidades, assim como a atualização da base de dados existente desde a década de 1970 referente aos aqüíferos paulistas", disse a coordenadora temática do projeto, Malva Andrea Mancuso, à Agência FAPESP.

A pesquisadora do IPT explica que o Estado de São Paulo é composto por sete aqüíferos sedimentares, formados por rochas porosas, e dois grandes grupos de aqüíferos fraturados, formados por rochas vulcânicas e cristalinas.

Com a integração das informações antigas e atuais, será criado um banco de dados sobre as condições de cada aqüífero regional. Com isso, a previsão é que seja possível indicar áreas mais favoráveis para a exploração racional das águas.

A publicação de um mapa, em versão impressa e CD-ROM, será o resultado final do trabalho. "Está prevista uma tiragem inicial de 6 mil cópias da publicação, que serão distribuídas gratuitamente aos órgãos públicos e comitês de bacias hidrográficas, bem como a instituições de ensino e pesquisa dentro e fora do Estado", antecipa Malva.

O principal público-alvo do projeto são os 21 Comitês de Bacias Hidrográficas, formados por representantes do governo e da sociedade civil. "Com esse instrumento de gestão em mãos, os comitês poderão identificar melhor os aqüíferos que ainda podem ser explorados com segurança, de acordo com a demanda das cidades paulistas que apresentam problemas de abastecimento público", diz a coordenadora temática do projeto.


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