Evento teve como objetivo conectar estudantes e profissionais brasileiros envolvidos em atividades de CT&I no Japão com parceiros japoneses e brasileiros (Eduardo Paes Saboia, embaixador do Brasil no Japão, durante a abertura do webinário; imagem: divulgação)

Embaixada do Brasil em Tóquio dá início à organização da diáspora científica brasileira no Japão
15 de outubro de 2020

Evento teve como objetivo conectar estudantes e profissionais brasileiros envolvidos em atividades de CT&I no Japão com parceiros japoneses e brasileiros

Embaixada do Brasil em Tóquio dá início à organização da diáspora científica brasileira no Japão

Evento teve como objetivo conectar estudantes e profissionais brasileiros envolvidos em atividades de CT&I no Japão com parceiros japoneses e brasileiros

15 de outubro de 2020

Evento teve como objetivo conectar estudantes e profissionais brasileiros envolvidos em atividades de CT&I no Japão com parceiros japoneses e brasileiros (Eduardo Paes Saboia, embaixador do Brasil no Japão, durante a abertura do webinário; imagem: divulgação)

 

José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – Um encontro virtual, realizado em 02 de outubro pela Embaixada do Brasil em Tóquio, teve como objetivo dar início à constituição de uma plataforma para que estudantes e profissionais brasileiros envolvidos em atividades de ciência, tecnologia e inovação no Japão compartilhem experiências, discutam desafios e oportunidades e aumentem a colaboração com parceiros japoneses e brasileiros.

O encontro foi aberto pelo embaixador do Brasil no Japão, Eduardo Paes Saboia, que lembrou que o intercâmbio científico Brasil-Japão teve início já na segunda metade do século XIX, 20 anos antes do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países. Falando das metas para o futuro, o embaixador afirmou que a diáspora científica brasileira no Japão é pequena, comparativamente à de outros países. “Espero que vocês possam nos apresentar sugestões para aumentar o número de brasileiros estudando em universidades japonesas e de japoneses estudando em universidades brasileiras, mantendo a qualidade”, disse.

O webinário Brasil-Japão incluiu duas mesas: “Inteligência artificial e desastres naturais”, moderada por André Argollo, do Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Estadual de Campinas (Ceped-SP/Unicamp); e “Oportunidades de financiamento para pesquisa e inovação”, moderada por Ana Maria Carneiro, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas (NEPP/Unicamp).

Argollo sublinhou que o Japão é um dos países líderes na área de Disaster Risk Reduction (Redução de Risco de Desastre) e a geóloga Ingrid Ferreira Lima, doutoranda da Tokyo University of Agriculture and Technology (TUAT) e bolsista da Japan International Cooperation Agency (JICA), tratou da necessidade de se transitar do manejo de desastres para o manejo de risco de desastres. Para isso, devido à grande quantidade de variáveis envolvidas, os avanços já consolidados nas áreas de inteligência artificial e aprendizado de máquina deverão desempenhar papel preponderante. A mesa teve a participação de Claus Aranha, da University of Tsukuba, e de Carlos Frederico de Angelis, da TR Radares.

A segunda mesa conectou Shinsuke Okada, gerente de Relações Internacionais da Japan Science and Technology Agency (JST); Ken Fujiwara, da NTT Data; Cristovão de Albuquerque, gerente de Colaborações em Pesquisa da FAPESP, e Raul Machado Neto. Okada falou do suporte financeiro da JST para o desenvolvimento do Blue LED, com estimativa de reduzir de 20% para 7% os gastos globais em iluminação; das parcerias já estabelecidas com a FAPESP na área de biotecnologias para produção de alimentos e bioenergia; e da chamada de propostas em curso para projetos sobre COVID-19. “A JST deverá apoiar dez projetos por três anos, com um dispêndio de 150 milhões de ienes [aproximadamente US$ 1,4 milhão] por projeto”, disse.

O ex-embaixador do Brasil em Washington Sérgio Amaral, que, à época de sua atuação à frente da Embaixada trabalhou na articulação da diáspora científica brasileira nos Estados Unidos, recordou que a iniciativa envolveu visitas a várias universidades americanas e conversas com integrantes da comunidade brasileira. “Uma coisa importante que aprendi foi que eles já estavam conectados. Alguns deles haviam organizado grupos que trocavam informações e estabeleciam redes entre brasileiros que desenvolviam interessantes estudos nos Estados Unidos”, afirmou.

Na organização da diáspora brasileira nos Estados Unidos, a Embaixada contou com três recursos: a atualização sistemática dos contatos estabelecidos; a colaboração de pesquisadores brasileiros, muitos deles apoiados pela FAPESP; e a boa receptividade dos órgãos governamentais norte-americanos.

Ao final das apresentações, os participantes se dividiram em quatro salas temáticas para aprofundamento das discussões sobre os temas: Redução de Risco de Desastre; Ciência e Tecnologia; Oportunidades de Financiamento; e Rede da Diáspora.

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