Divulgados os ganhadores do Prêmio Capes de Tese, em 38 áreas do conhecimento, e os três vencedores do Grande Prêmio Capes de Teses. Solenidade de entrega será no dia 9, em Brasília (foto: USP)
Divulgados os ganhadores do Prêmio Capes de Tese, em 38 áreas do conhecimento, e os três vencedores do Grande Prêmio Capes de Teses. Solenidade de entrega será no dia 9, em Brasília
Divulgados os ganhadores do Prêmio Capes de Tese, em 38 áreas do conhecimento, e os três vencedores do Grande Prêmio Capes de Teses. Solenidade de entrega será no dia 9, em Brasília
Divulgados os ganhadores do Prêmio Capes de Tese, em 38 áreas do conhecimento, e os três vencedores do Grande Prêmio Capes de Teses. Solenidade de entrega será no dia 9, em Brasília (foto: USP)
As teses ganhadoras estão disponíveis na íntegra no site da Capes. Do total de trabalhos premiados, 13 são provenientes de universidades e institutos de pesquisa do Estado de São Paulo – desses, seis têm ou tiveram bolsas concedidas pela FAPESP.
A solenidade de premiação será na quinta-feira (9/11), às 9h, em Brasília. Os escolhidos receberão diploma, medalha e bolsa de pós-doutorado nacional. Das 38 teses selecionadas, três receberão o Grande Prêmio Capes de Teses, um em cada conjunto de grandes áreas.
"O prêmio é bom pelo reconhecimento do trabalho e é um estímulo importante, pois garante uma bolsa de pós-doutorado e possibilita a continuidade da pesquisa", disse à Agência FAPESP o vencedor do Prêmio Capes de Tese na categoria Astronomia/Física, Gustavo Garcia Rigolin.
Rigolin defendeu em 2005, no Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a tese Estados quânticos emaranhados. O objetivo do trabalho, segundo ele, foi explorar uma área promissora da física, que é a teoria quântica da informação.
"Procurei estudar como caracterizar e quantificar o emaranhamento quântico – o processo pelo qual as propriedades de duas partículas podem ser agrupadas mesmo se estiverem distantes uma da outra", explica. A pesquisa nessa área, segundo ele, tem aplicações como a criptografia quântica – já utilizada em alguns bancos na Suíça e na Áustria – e no teletransporte de partículas quânticas.
Grandes prêmios
Os ganhadores do Grande Prêmio Capes de Tese foram Cláudio Patrício Ribeiro Júnior, do programa de pós-graduação em engenharia química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Claudio Teodoro de Souza e Maraliz de Castro Vieira, os dois últimos da Unicamp. Os escolhidos receberão diploma, medalha e bolsa de pós-doutorado de um ano no exterior.
Souza foi o vencedor do Grande Prêmio Capes de Tese Carl Peter von Dietrich, que engloba as ciências biológicas, da saúde e agrárias "Fiquei emocionado com o prêmio, que vem coroar todo uma história de dedicação à pesquisa que começou quando entrei na graduação em 1994, na Unesp [Universidade Estadual Paulista], e recebi uma bolsa de auxílio ao estudante carente", disse à Agência FAPESP.
A tese de Souza, apresentada no Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica da Unicamp, descreve a identificação e avaliação das características da proteína PGC-1alfa. A proteína está envolvida tanto com a secreção de insulina quanto na eficiência de sua ação em órgãos como o fígado e tecido adiposo. O trabalho gerou a patente de um possível futuro medicamento para diabetes tipo 2.
"A PGC-1alfa pode ser um interessante alvo terapêutico, uma vez que, quando a inibimos, conseguimos ao mesmo tempo modular a secreção de insulina e melhorar a ação do hormônio nos tecidos. Uma droga única que faça isso ainda não existe comercialmente e seria de grande valia", afirmou.
O químico Ribeiro Júnior, da UFRJ, criou um sistema capaz de concentrar o suco de laranja com as menores alterações possíveis para sabor e aroma. A pesquisa lhe rendeu o Grande Prêmio Capes de Tese César Lattes, que compreende as áreas de engenharias, ciências exatas e da terra.
"Já entramos com o pedido de patente para o processo. Com o novo método aplicado poderemos ter um diferencial para o suco brasileiro", disse Ribeiro Júnior. Segundo o pesquisador, o sistema pode ser adequado ao suco de outras frutas.
O Grande Prêmio Capes de Tese Florestan Fernandes, que destina-se ao conjunto das grandes áreas de ciências humanas, ciências sociais aplicadas e lingüística, lançou novos olhares para a relação entre história e arte. A partir da obra Tiradentes esquartejado, feita em 1893 por Pedro Américo, a historiadora Maraliz de Castro Vieira, do Programa de Pós-Graduação em História da Unicamp, escreveu o trabalho premiado.
Maraliz estudou a representação que se faz de um fato histórico a partir da arte. A partir da obra analisada, ela levantou questões como a função histórica da arte e a semelhança entre artistas e historiadores. "No momento em que o artista pesquisa um fato histórico e o interpreta, ele é um historiador. A tela afirma, discute ou subverte a imagem do herói?", indagou.
Mais informações: www.capes.gov.br.
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