Pesquisas sobre igualdade de gênero, impacto de políticas de cotas e diversidade na produção do conhecimento têm subsidiado ações afirmativas no Estado de São Paulo (imagem: divulgação)
Pesquisas sobre igualdade de gênero, impacto de políticas de cotas e diversidade na produção do conhecimento têm subsidiado ações afirmativas no Estado de São Paulo
Pesquisas sobre igualdade de gênero, impacto de políticas de cotas e diversidade na produção do conhecimento têm subsidiado ações afirmativas no Estado de São Paulo
Pesquisas sobre igualdade de gênero, impacto de políticas de cotas e diversidade na produção do conhecimento têm subsidiado ações afirmativas no Estado de São Paulo (imagem: divulgação)
Agência FAPESP – A taxa de sucesso na aprovação de projetos pela FAPESP é praticamente igual para homens (41%) e mulheres (38%), ainda que haja variações entre áreas do conhecimento. Entre 2000 e 2016, a participação feminina cresceu de 36% para 42% entre os pesquisadores responsáveis por projetos submetidos, também com variações por área: 25% nas engenharias e 56% nas ciências da saúde, de acordo com dados da Gerência de Estudos e Indicadores da Fundação.
O avanço da participação feminina na ciência paulista tem sido favorecido por uma série de medidas adotadas pela FAPESP nos últimos anos – como, por exemplo, a inclusão na súmula curricular de informações sobre eventuais interrupções na carreira devido à licença-maternidade ou paternidade – e do apoio da Fundação ao desenvolvimento de projetos de pesquisas ligados a questões de gênero. Em pouco mais de duas décadas, a FAPESP concedeu 211 auxílios e bolsas a 170 pesquisadores dedicados ao estudo de temas como igualdade de gênero, sexualidade e violência contra a mulher.
A ampliação da diversidade de gênero na ciência é um dos temas do fascículo Diversidade e Inclusão, o 8º dos dez que comporão o livro FAPESP 60 anos – Ciência, Cultura e Desenvolvimento.
O fascículo analisa também o impacto das cotas nas universidades públicas, que abriram oportunidades de acesso ao ensino superior para pessoas pretas e pardas, equiparando a sua participação efetiva no total da população brasileira. Essa reviravolta é resultado de um intenso trabalho político de múltiplos agentes, do comprometimento das universidades com as chamadas ações afirmativas e também de pesquisas, várias delas apoiadas pela FAPESP, que subsidiaram políticas públicas.
Uma dessas pesquisas comparou a performance de 1 milhão de alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) entre 2012 e 2014 e concluiu que o desempenho de formandos que ingressaram no ensino superior via ações afirmativas equivale ou supera o de jovens que chegaram às instituições de ensino superior pela chamada ampla concorrência.
O fascículo aborda ainda a questão da diversidade na construção do conhecimento. Nas universidades públicas do Estado de São Paulo, diversas iniciativas têm sido adotadas para incentivar o ingresso de indígenas e pessoas com deficiência, entre outros. Mas não só: o grande desafio é possibilitar que eles permaneçam no sistema e prossigam com a vida acadêmica. É aí que entram as bolsas de iniciação científica, de mestrado e doutorado, que incentivam os jovens a continuar estudando e a ingressar no universo da pesquisa.
O 8º fascículo do livro traz também dois artigos: A violência nossa de cada dia, assinado por Eunice Aparecida de Jesus Prudente, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP); e Pesquisa e inclusão de povos indígenas, de Gersem Baniwa, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). E pode ser lido em: 60anos.fapesp.br/livro/#/fasciculo_08.
Os sete primeiros fascículos do livro – Seis décadas de realizações, DNA da Ciência Paulista, Pioneirismo Digital, Grandes projetos, grandes resultados, Políticas públicas baseadas em evidências e Contribuição social, cultural e artística e Inovação e Empreendedorismo – estão disponíveis em: 60anos.fapesp.br/livro/.
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