Pesquisadores brasileiros iniciam viagem de retorno, após terem coletado amostras de gelo a até 95 metros de profundidade, que darão informações sobre as mudanças climáticas no continente nos últimos 250 anos (foto Jefferson Simões)

De volta da Antártica
08 de janeiro de 2009

Pesquisadores brasileiros iniciam viagem de retorno, após terem coletado amostras de gelo a até 95 metros de profundidade, que darão informações sobre as mudanças climáticas no continente nos últimos 250 anos

De volta da Antártica

Pesquisadores brasileiros iniciam viagem de retorno, após terem coletado amostras de gelo a até 95 metros de profundidade, que darão informações sobre as mudanças climáticas no continente nos últimos 250 anos

08 de janeiro de 2009

Pesquisadores brasileiros iniciam viagem de retorno, após terem coletado amostras de gelo a até 95 metros de profundidade, que darão informações sobre as mudanças climáticas no continente nos últimos 250 anos (foto Jefferson Simões)

 

Agência FAPESP – O grupo de pesquisadores que integra a expedição Deserto de Cristal Brasil ao interior da Antártica iniciou na madrugada desta quarta-feira (7/1) a viagem de retorno.

Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, os sete brasileiros e um chileno concluíram o trabalho de coleta de material de pesquisa e seguem para Punta Arenas, no Chile.

O glaciologista Jefferson Cardia Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), coordenador da equipe que tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), disse que as amostras de gelo coletadas a 95 metros e 45 metros de profundidade no Monte Johns, a mais de mil quilômetros do acampamento base, darão informações sobre as mudanças climáticas ocorridas no continente antártico nos últimos 250 anos.

Nos 16 dias em que esteve no local a equipe enfrentou temperatura de menos 40 graus centígrados, “mas as dificuldades não impediram o trabalho planejado”, disse Simões.

Nos últimos 25 anos, o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) realizou expedições no oceano, nas ilhas e na costa da Antártica. Até agora, as missões científicas não haviam avançado no continente.

A base da expedição Deserto de Cristal foi instalada a 2 mil quilômetros ao sul da Estação Antártica Comandante Ferraz e a mil quilômetros do Polo Sul geográfico. Nessa região, o sol brilha 24 horas, a espessura do gelo é de 700 metros, e a altitude, de 920 metros em relação ao nível do mar.

Mais informações: www.mma.gov.br/port/sbf/dap/antartica.html
 

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