Maiju Gyran, secretária-geral do Conselho de Pesquisa da Finlândia (RCF), Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, e Kari Puurunen, cônsul da Finlândia em São Paulo (foto: Daniel Antônio/Agência FAPESP)
Durante o encontro foram definidas áreas de interesse comum para o estabelecimento de parcerias
Durante o encontro foram definidas áreas de interesse comum para o estabelecimento de parcerias
Maiju Gyran, secretária-geral do Conselho de Pesquisa da Finlândia (RCF), Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, e Kari Puurunen, cônsul da Finlândia em São Paulo (foto: Daniel Antônio/Agência FAPESP)
Helo Reinert | Agência FAPESP – O presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, recebeu na segunda-feira (20/10) uma delegação da Finlândia liderada pelo cônsul em São Paulo, Kari Puurunen. Como desdobramento do encontro, houve o convite para uma próxima reunião, na qual serão definidas áreas e modelos específicos de cooperação. “Podemos voltar com propostas concretas para começar a trabalhar juntos”, disse o cônsul. “Temos grande interesse no Brasil em decorrência da posição destacada que ocupa no campo da produção científica no continente.”
O presidente da FAPESP destacou que os pesquisadores do Estado de São Paulo produzem mais ciência que os demais países da América Latina. “Nos últimos anos desenvolvemos diferentes modelos de cooperação internacional. Entre eles, incentivamos o estabelecimento de institutos de pesquisa internacionais em São Paulo”, disse Zago, citando o Institut Pasteur de São Paulo (IPSP) e o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), ambos da França, além da Sociedade Max Planck, da Alemanha, que tem planos de instalar um instituto de pesquisa no Brasil no próximo ano (leia mais em: agencia.fapesp.br/56175).
“Vamos impulsionar pesquisas básica e aplicada nas áreas de transição digital, inteligência artificial e tecnologia quântica e entendemos que a Finlândia poderia ser nosso parceiro juntamente com um representante da iniciativa privada”, acrescentou Zago.
Durante o encontro, foram apresentados os programas de pesquisa desenvolvidos pela Fundação e pela instituição finlandesa de apoio à pesquisa. “Temos 23 centos de excelência e muitos temas são convergentes com os da FAPESP”, constatou Maiju Gyran, secretária-geral do Conselho de Pesquisa da Finlândia (RCF). Johanna Kivimäki, conselheira de Educação Superior e Ciência no Consulado, mencionou que o ingresso em projetos multilaterais dos quais a Finlândia já faz parte é outra possibilidade de parceria.
“Percebemos que existe potencial para cooperação em diversos campos do conhecimento”, disse o cônsul, ao destacar o da economia circular. Ele afirmou que o avanço do Brasil nas tecnologias verdes converge para a produção científica da Finlândia, que desenvolve tecnologias e soluções nessa área.
Zago mencionou os avanços dos Centros de Pesquisa Aplicada (CPAs) em parceria com a Shell – um deles, criado para fazer pesquisas com gás natural, acabou direcionando o foco para a produção de hidrogênio verde a partir do etanol. “Existem oportunidades de cooperação na área da economia de baixo carbono”, afirmou.
Também participaram do encontro Marcio de Castro, diretor científico; Niels Olsen Saraiva Câmara, assessor da Diretoria Científica; Connie McManus, gerente de Colaboração em Pesquisa; Raul Machado, gerente da Assessoria de Relações Institucionais da Fundação e a assessora Laura Redondo.
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