Prêmio IAC será entregue em cerimônia comemorativa aos 120 anos do Instituto Agronômico. Entre os agraciados estão Sílvio Crestana (Embrapa) e Xico Graziano (secretário do Meio Ambiente) (foto: IAC)
Prêmio IAC será entregue em cerimônia comemorativa aos 120 anos do Instituto Agronômico, nesta sexta-feira (29/6), em Campinas. Entre os agraciados estão Sílvio Crestana (Embrapa) e Xico Graziano (secretário do Meio Ambiente)
Prêmio IAC será entregue em cerimônia comemorativa aos 120 anos do Instituto Agronômico, nesta sexta-feira (29/6), em Campinas. Entre os agraciados estão Sílvio Crestana (Embrapa) e Xico Graziano (secretário do Meio Ambiente)
Prêmio IAC será entregue em cerimônia comemorativa aos 120 anos do Instituto Agronômico. Entre os agraciados estão Sílvio Crestana (Embrapa) e Xico Graziano (secretário do Meio Ambiente) (foto: IAC)
Nas categorias internas serão agraciados os servidores Marcelo Bento Paes de Camargo (Pesquisador Científico), Geraldo José Arrivaben (Apoio Técnico-Científico) e João de Deus Santos (Apoio Administrativo). Nas categorias externas os premiados serão Sílvio Crestana (presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Xico Graziano (secretário de Estado do Meio Ambiente) e José Peres Romero (Produtor Rural).
O Prêmio IAC foi criado em 1994, com o objetivo de reconhecer, internamente, profissionais que se destacaram no ano. Em 2001, o Prêmio ganhou categorias externas, a fim de agraciar profissionais e instituições atuantes no agronegócio. O Prêmio IAC consiste em uma peça de arte ou em um diploma.
Externamente, segundo o IAC, a premiação homenageia pessoas físicas ou jurídicas que se destacaram pela contribuição nas esferas científicas e tecnológicas ou em atividades práticas que propiciem o desenvolvimento da agricultura sustentável, a melhoria da renda do agricultor e do agronegócio paulista.
"A premiação é o reconhecimento ao mérito científico, ao desempenho institucional e aos profissionais e instituições de destaque na agricultura paulista e nacional", disse Orlando Melo de Castro, diretor-geral do instituto.
Melhoramento do café
A trajetória do Instituto Agronômico, que completou 120 anos no dia 27, está ligada à capacidade de identificar demandas e gerar respostas tecnológicas. Órgão de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o IAC tem sua sede em Campinas.
Criado por solicitação dos produtores de café no Estado de São Paulo e fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II, o instituto começou como Imperial Estação Agronômica de Campinas.
Em 1892, passou para o Governo do Estado de São Paulo. Em 1923, foi inaugurada a Seção de Café, cujas atribuições se relacionavam ao estudos de aspectos fitotécnicos da cultura. Seis anos depois, com a criação da Seção de Genética, tiveram início os trabalhos de genética e melhoramento do cafeeiro, sob a orientação de Carlos Arnaldo Krug.
Em 1932, foi estabelecido um amplo programa de pesquisas com o café, que envolveu diversas áreas. Esse programa, até hoje em execução, passou a contar, em 1935, com a participação de Alcides Carvalho, que mais tarde se tornaria um dos principais nomes da cafeicultura nacional e mundial.
No início dos anos 1950, o IAC realizou os primeiros estudos sobre a adequação dos cafeeiros às diversas regiões climáticas, abrangendo, inclusive, a microclimatologia, relacionada a conceitos e métodos de defesa contra geadas. Atualmente, o instituto conta com um acervo de informações meteorológicas para o monitoramento da cafeicultura e de métodos para a irrigação dos cafezais.
Na década de 1990, a antiga Seção de Café e parte da Seção de Genética foram reunidas, dando origem ao Centro de Café e Plantas Tropicais do IAC, que passou, em 2001, a se chamar Centro de Análise e Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Café Alcides Carvalho.
Tecnologias para todo o país
A atuação do instituto garante ainda a oferta de alimentos à população e matéria-prima à indústria, cooperando para a segurança alimentar e para a competitividade dos produtos no mercado interno e externo.
Para isso, conta com 216 pesquisadores científicos e 372 funcionários de apoio, além de 1.279 hectares de terras distribuídos entre a sede principal, centro experimental central e quatro centros avançados de pesquisa, com casas de vegetação, laboratórios e infra-estrutura adequada aos trabalhos.
Neste 120º ano de atuação, é marcante a expansão das tecnologias desenvolvidas pelo IAC para outros estados do país, que permitiram levar, por exemplo, a cana-de-açúcar para o oeste baiano, Goiás e Tocantins.
Entre as conquistas do instituto estão pesquisas com seringueiras que fizeram de São Paulo o maior produtor de látex brasileiro. Tipos especiais de arroz têm engordado a renda de agricultores na região do Vale do Paraíba. Outra novidade é um tipo de tangerina sem semente, que chega agora aos supermercados em São Paulo.
Ao longo de sua história, o IAC desenvolveu cerca de 750 novas variedades de 66 espécies, nas mais diversas cadeias produtivas do agronegócio paulista e brasileiro. Apenas nos primeiros meses de 2007, 20 novas variedades chegaram aos produtores, entre as quais três de cana-de-açúcar, uma de mamona e seis de feijão.
O trabalho busca sempre o desenvolvimento de variedades, que são subdivisões dentro de cada espécie, mais resistentes a doenças e mais produtivas. "Quando se fala em melhoramento, é importante destacar a busca incessante dos nossos pesquisadores por materiais resistentes às principais pragas e doenças das culturas. Não só os agricultores, mas a sociedade como um todo quer uma agricultura limpa, com menor impacto ambiental e que gere produtos mais saudáveis", disse o diretor-geral do IAC.
"Hoje, estamos na vanguarda de muitas áreas do conhecimento. Adotamos as atividades genômicas e transgênicas, sem abandonar as pesquisas tradicionais de melhoramento genético, de estudo de solo, de irrigação, de climatologia", destacou Castro.
Mais informações: www.iac.sp.gov.br
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