Pesquisadores discutem operacionalidade do acordo da FAPESP com o CNRS, da França (foto: Eduardo Cesar)

Alternativas de parceria científica
15 de junho de 2004

Representantes da FAPESP e do CNRS, da França, discutem em São Paulo, na segunda-feira (14/6), a operacionalidade do acordo de cooperação científica assinado no dia 9, em Paris, pelas duas instituições

Alternativas de parceria científica

Representantes da FAPESP e do CNRS, da França, discutem em São Paulo, na segunda-feira (14/6), a operacionalidade do acordo de cooperação científica assinado no dia 9, em Paris, pelas duas instituições

15 de junho de 2004

Pesquisadores discutem operacionalidade do acordo da FAPESP com o CNRS, da França (foto: Eduardo Cesar)

 

Por Maria da Graça Mascarenhas

Agência FAPESP - Nesta segunda-feira (14/6), dirigentes do Conselho Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), da França estiveram na FAPESP para debater com cerca de 30 pesquisadores de diversas instituições de pesquisa do Estado de São Paulo a operacionalidade do acordo de cooperação científica assinado no dia 9, em Paris, pelas duas instituições.

Da parte do CNRS estiveram presentes Jean-Luc Clément, diretor de Relações Internacionais, Claire Giraud, responsável pelo Setor das Américas, e Roger Fréty, responsável pelo escritório para o Cone Sul e o Brasil, além de Luc Quonian, diretor do Centro Franco-Brasileiro de Documentação Técnica e Científica (CenDoTec) e Jean Paul Rébaud, adido cultural do consulado francês em São Paulo. A FAPESP esteve representada pelo seu presidente, Carlos Vogt, e pelos diretores científico, José Fernando Perez, e administrativo, Joaquim J. de Camargo Engler.

Segundo Clément, a França é o segundo país do mundo em publicação de artigos científicos e tem todo o interesse em incrementar imediatamente a cooperação científica com o Brasil e o Estado de São Paulo. Fréty destacou as cinco linhas prioritárias de cooperação estabelecidas no acordo de cooperação científica assinado pelas instituições: o intercâmbio de informação científica; a organização de conferências e seminários que ajudem a definir projetos de interesse mútuo dos dois países; a realização de projetos de pesquisa; o intercâmbio de pesquisadores; e a parceria por meio da formação de unidades mistas internacionais (UMI) e laboratórios internacionais associados (LIA), que ele classifica como a forma mais moderna de parceria desenvolvida pelo CNRS entre instituições ou laboratórios de pesquisa franceses ligados ao conselho francês e instituições de pesquisa de outros países.

"No momento, existem cerca de 60 a 80 projetos de pesquisa no Estado de São Paulo desenvolvidos por meio dos acordos CNPq/CNRS e FAPESP/Cofecub. O novo acordo abre uma terceira e mais abrangente possibilidade de projetos conjuntos", disse Fréty.

Há duas semanas, ainda segundo o responsável pelo escritório do CNRS para o Cone Sul, foi constituído o primeiro Laboratório Internacional Associado (LIA) na América Latina, em Santiago, no Chile, na área de biologia molecular. O LIA reúne três equipes da Centro para Estudos Avançados em Ecologia daquele país e, do lado francês, três unidades mistas de pesquisa ligadas a uma estação marinha na Bretanha.

Quanto à unidade mista internacional, existe há três anos uma também em Santiago, localizada na Universidade do Chile, dentro da Faculdade de Engenharia. É o Centro de Modelagem Matemática, que desenvolve pesquisas na área de modelagem matemática para fins diversos como a extração de minério de cobre ou o trânsito em Santiago. "Esses novos instrumentos - os laboratórios internacionais associados e as unidades mistas internacionais - podem ser agora implantados no Brasil, pela FAPESP", disse Fréty.

Sobre como implementar o acordo de cooperação assinado, o diretor científico da FAPESP, José Fernando Perez, defendeu a adoção de um modelo que deu certo em outros programas lançados pela Fundação, que é o estímulo à apresentação de pré-projetos, para, a partir daí, aferir a demanda e os setores prioritários.

Para o presidente da FAPESP, Carlos Vogt, há todo o interesse da instituição paulista em dar início ao processo para que o acordo comece a operar efetivamente já em 2005.


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