A química da acupuntura
12 de julho de 2005

Agulhas acionam neurotransmissor e protegem contra úlcera gástrica e paradas na respiração durante o sono. Leia na reportagem da nova edição da revista Pesquisa FAPESP

A química da acupuntura

Agulhas acionam neurotransmissor e protegem contra úlcera gástrica e paradas na respiração durante o sono. Leia na reportagem da nova edição da revista Pesquisa FAPESP

12 de julho de 2005

 

Por Francisco Bicudo

Revista Pesquisa FAPESP - Reconhecida como especialidade médica no Brasil há dez anos, a acupuntura ainda carece de provas de que é eficaz do ponto de vista científico. Estudos com animais e seres humanos indicam que essa técnica chinesa milenar, baseada na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo para restabelecer a saúde, funciona sim, mas apenas em determinados casos. O uso das agulhas já se mostrou eficiente no combate à dor e às intensas náuseas provocadas pelo uso de medicamentos contra o câncer.

Também se revelou como um potente aliado no tratamento da asma, do acidente vascular cerebral e do uso abusivo de drogas.

Agora três pesquisas conduzidas na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostram que a acupuntura pode combater gastrite e úlcera, além das interrupções na respiração que prejudicam a qualidade do sono. Mais importante: esses trabalhos ajudam a entender como ela funciona. Ao que tudo indica as agulhas, aplicadas em determinados pontos do corpo, promovem a liberação ou o melhor aproveitamento de uma substância química chamada serotonina.

Mais conhecida como um mensageiro químico (neurotransmissor) que leva informações de uma célula a outra no sistema nervoso central, a serotonina também age como potente analgésico nos nervos periféricos, que se prolongam pelos braços, pelas pernas e pelo tronco.

Segundo a tradição oriental, a energia vital Qi circula pelo organismo ao longo de meridianos que terminam em pontos específicos da pele. O bom funcionamento do corpo depende do equilíbrio entre as duas forças contrárias e complementares – yin e yang – que compõem Qi. Se esse equilíbrio se desfaz, o corpo adoece.

Clique aqui para ler o texto completo da reportagem da edição 113 de Pesquisa FAPESP.

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