Material à base de dióxido de titânio e peróxidos foi desenvolvido no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar (imagem: ACS Omega)

Nanopartícula ativada por luz visível mostra potencial para combater tumores de bexiga
08 de julho de 2022

Material à base de dióxido de titânio e peróxidos foi desenvolvido no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar

Nanopartícula ativada por luz visível mostra potencial para combater tumores de bexiga

Material à base de dióxido de titânio e peróxidos foi desenvolvido no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar

08 de julho de 2022

Material à base de dióxido de titânio e peróxidos foi desenvolvido no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar (imagem: ACS Omega)

 

Agência FAPESP* – Nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2) são utilizadas normalmente em tratamentos de fototerapia contra o câncer, uma vez que podem ser ativadas por luz ultravioleta (UV), gerando moléculas (radicais livres) que causam estresse oxidativo e levam as células cancerígenas à morte. No entanto, ao expor os tecidos saudáveis à luz UV, corre-se o risco de induzir mutações indesejadas nas células.

Para contornar o problema, pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) desenvolveram uma nanopartícula de TiO2 decorada com grupos peróxidos – Ti(OH)4 (hidróxido de titânio IV) – que apresentou a mesma capacidade oxidativa ao ser ativada por luz visível. O material foi testado in vitro, em linhagens celulares – normais e tumorais – de camundongos.

O estudo foi descrito no artigo “Modified Titanium Dioxide as a Potential Visible-Light-Activated Photosensitizer for Bladder Cancer Treatment”, publicado no periódico científico ACS Omega.

O CDMF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

“Os resultados do nosso estudo demonstraram que o Ti(OH)4 não só foi capaz de causar efeitos citotóxicos em células de tumor de bexiga, como se manteve biologicamente compatível com as células normais. Isso torna o Ti(OH)4 um potencial candidato a fármaco contra o câncer de bexiga”, explicou Thaiane Robeldo, primeira autora do estudo e integrante do CDMF.

O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Imunologia Aplicada da UFSCar, coordenado pelo docente Ricardo Carneiro Borra, e teve a colaboração do grupo liderado pelo professor Emerson Camargo. Ambos são vinculados ao CDMF.

O artigo Modified Titanium Dioxide as a Potential Visible-Light-Activated Photosensitizer for Bladder Cancer Treatment pode ser acessado em: pubs.acs.org/doi/10.1021/acsomega.1c07046.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do CDMF.
 

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