Resultados finais do ensaio clínico conduzido no Brasil com mais de 12 mil voluntários foram divulgados no domingo. Imunizante se mostrou seguro e capaz de proteger contra novas variantes do SARS-CoV-2 (foto: Instituto Butantan/divulgação)

Eficácia da CoronaVac pode chegar a 62,3% com intervalo maior entre as doses, sugere estudo
13 de abril de 2021

Resultados finais do ensaio clínico conduzido no Brasil com mais de 12 mil voluntários foram divulgados no domingo. Imunizante se mostrou seguro e capaz de proteger contra novas variantes do SARS-CoV-2

Eficácia da CoronaVac pode chegar a 62,3% com intervalo maior entre as doses, sugere estudo

Resultados finais do ensaio clínico conduzido no Brasil com mais de 12 mil voluntários foram divulgados no domingo. Imunizante se mostrou seguro e capaz de proteger contra novas variantes do SARS-CoV-2

13 de abril de 2021

Resultados finais do ensaio clínico conduzido no Brasil com mais de 12 mil voluntários foram divulgados no domingo. Imunizante se mostrou seguro e capaz de proteger contra novas variantes do SARS-CoV-2 (foto: Instituto Butantan/divulgação)

 

Agência FAPESP* – Estudo divulgado no domingo (11/04) por cientistas do Instituto Butantan e colaboradores indica que a eficácia global da CoronaVac pode chegar a 62,3% caso o intervalo entre as duas doses seja igual ou superior a 21 dias. Nos casos em que o intervalo foi de 14 dias, a vacina se mostrou capaz de prevenir o aparecimento de sintomas da COVID-19 em 50,7% dos voluntários. O percentual é levemente superior aos 50,38% informados na análise preliminar que subsidiou o uso emergencial do imunizante no país. Para os casos que requerem assistência médica, a eficácia variou entre 83,7% e 100%.

Os dados foram divulgados na plataforma de preprints da revista The Lancet e ainda estão em processo de revisão por pares. A terceira fase do estudo clínico envolveu mais de 12 mil funcionários de 16 centros de saúde no Brasil e contou com apoio da FAPESP.

A pesquisa foi realizada entre 21 de julho e 16 de dezembro de 2020. Todos os participantes receberam ao menos uma dose da vacina ou placebo. Desse total, 9.823 voluntários receberam as duas doses.

Os resultados descritos no artigo sugerem que a CoronaVac é capaz de proteger também contra as variantes P.1. e P.2. do vírus SARS-CoV-2.

“Esse estudo corrobora o que já havíamos anunciado há cerca de três meses e nos dão ainda mais segurança sobre a efetiva proteção que a vacina do Butantan proporciona”, afirma Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

Desde 17 de janeiro o Governo de São Paulo já distribuiu 38,2 milhões de doses da vacina aos brasileiros. Até 30 de agosto o volume totalizará 100 milhões de vacinas.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto Butantan.
 

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