Este passou a ser um item obrigatório para quem solicita a maioria das modalidades de auxílios e bolsas da FAPESP (imagem: divulgação)

Webinário ensina como fazer Plano de Gestão de Dados
03 de dezembro de 2020

Este passou a ser um item obrigatório para quem solicita a maioria das modalidades de auxílios e bolsas da FAPESP

Webinário ensina como fazer Plano de Gestão de Dados

Este passou a ser um item obrigatório para quem solicita a maioria das modalidades de auxílios e bolsas da FAPESP

03 de dezembro de 2020

Este passou a ser um item obrigatório para quem solicita a maioria das modalidades de auxílios e bolsas da FAPESP (imagem: divulgação)

 

José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – Desde 1º de setembro de 2020, os pedidos para a maioria das modalidades de auxílios e bolsas direcionados à FAPESP devem ser acompanhados de um Plano de Gestão de Dados (PGD). Este tornou-se, inclusive, um dos quesitos analisados na avaliação de propostas e relatórios científicos.

O motivo é fácil de entender. Como instituição pública, criada para apoiar a pesquisa em todas as áreas do conhecimento, a FAPESP está comprometida com a transparência e com o melhor aproveitamento dos recursos despendidos, acelerando assim a produção de conhecimento. O compartilhamento adequado dos dados de pesquisa, de modo que qualquer pessoa possa acessá-los e reutilizá-los, é uma maneira de exercer esse compromisso. E parte integrante das boas práticas em pesquisa.

Para orientar a elaboração e esclarecer dúvidas sobre Planos de Gestão de Dados, foi realizado um evento on-line no dia 25 de novembro. O webinário foi uma iniciativa do Programa FAPESP de Pesquisa em eScience e Data Science. A apresentação ficou a cargo de Claudia Bauzer Medeiros, professora do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (IC-Unicamp) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em eScience e Data Science.

“A motivação para os Planos de Gestão de Dados relaciona-se com o conceito de ‘ciência aberta’ [open science]. Isso implica tornar todos os objetos associados a pesquisas científicas – como softwares, dados, modelos, algoritmos, artigos – disponíveis em repositórios públicos”, explica Medeiros.

A coordenadora ressalva que existem dados confidenciais – como, por exemplo, alguns tipos de dados associados a pesquisas em saúde ou em humanidades, cuja disponibilização exporia informações íntimas sobre as pessoas envolvidas. Há ainda outros tipos de dados que não podem ser divulgados por razões legais. “Em tais casos, não é necessário compartilhar todas as informações. Mas é obrigatório compartilhar os metadados”, afirma.

Como exemplos de metadados, Medeiros mostrou embalagens de produtos comerciais, que devem fornecer o nome do produtor, a data de produção, o prazo de validade, a composição do produto e muitas outras informações. Metadados, explicou, “são um conjunto de informações que facilitam achar algo. No caso de artigos científicos, metadados incluem título, autoria, resumo, palavras-chave etc.”, detalha a coordenadora, segundo a qual, quando um artigo compartilha publicamente os dados, seu índice de citação aumenta em até 25%.

“Quem deve fazer PGD? Todo pesquisador. Quando? Quando planeja seu projeto”, ressalta Medeiros, que focou sua apresentação no “como fazer”.

Para orientar os pesquisadores, a FAPESP criou, em seu portal on-line, uma seção com informações muito detalhadas sobre Plano de Gestão de Dados, com tópicos que vão de questões conceituais relacionadas com a ideia de “ciência aberta” até a apresentação de ferramentas práticas on-line para a criação de PGDs. O endereço eletrônico é https://fapesp.br/gestaodedados. A seção oferece também um endereço de contato para o esclarecimento de dúvidas: plano-gestao-dados@fapesp.br.

O texto de um Plano de Gestão de Dados varia conforme a disciplina, os tipos de dados considerados e como os responsáveis pelo projeto pretendem disponibilizá-los. Não há um modelo fixo. Mas, como afirma a página inicial da seção criada pela FAPESP, um PGD “deve responder a duas perguntas básicas: Quais dados serão gerados pelo projeto? Como serão preservados e disponibilizados, considerando questões éticas, legais, de confidencialidade e outras?”

Em sua apresentação, Medeiros mostrou, didaticamente, como utilizar plataformas digitais para criação de PGDs. Para isso, entrou na página de abertura on-line da DMPTool, mantida pela University of California (Estados Unidos), e foi preenchendo, passo a passo, as páginas disponibilizadas sucessivamente pela plataforma.

Outros endereços eletrônicos onde podem ser consultados manuais, exemplos de planos e diretivas para redigi-los, para as mais variadas disciplinas, podem ser acessados em https://fapesp.br/gestaodedados-documentosinteress.

“Quem fez pedidos de auxílios ou bolsas anteriores a 1º de setembro de 2020 não precisa apresentar PGD. Mas, para a própria organização de seu trabalho de pesquisa, é muito desejável que o faça”, enfatiza Medeiros.

A gravação integral do webinário pode ser acessada em www.youtube.com/watch?v=iLwcLVpXjuU.
 

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