Com apoio técnico russo, o Veículo Lançador de Satélites brasileiro deverá deixar de usar dois motores a combustível sólido, aumentando a capacidade de carga em 80% (foto: AEB)

VLS com combustível líquido
25 de outubro de 2005

Com apoio técnico russo, o Veículo Lançador de Satélites brasileiro deverá deixar de usar dois motores a combustível sólido, aumentando a capacidade de carga em 280%

VLS com combustível líquido

Com apoio técnico russo, o Veículo Lançador de Satélites brasileiro deverá deixar de usar dois motores a combustível sólido, aumentando a capacidade de carga em 280%

25 de outubro de 2005

Com apoio técnico russo, o Veículo Lançador de Satélites brasileiro deverá deixar de usar dois motores a combustível sólido, aumentando a capacidade de carga em 80% (foto: AEB)

 

Agência FAPESP - O Veículo Lançador de Satélites (VLS-1) deverá ganhar um novo motor a combustível líquido, que substituirá dois outros que operam com combustível sólido. Com a mudança, com apoio russo, o lançador brasileiro aumentará sua capacidade de carga.

A novidade foi anunciada na semana passada, em Moscou, durante encontro entre Sergio Gaudenzi, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), e Anatoli Perminov, à frente da Agência Espacial Russa (Roscosmos).

Atualmente, o VLS-1 tem motores a combustível sólido divididos em quatro estágios. Acionados um após a queima do outro, oferecem, nas diferentes fases da trajetória do lançador, o impulso necessário à colocação do satélite no espaço. Segundo a AEB, o que se pretende, com a cooperação técnica russa, é modernizar o lançador com a troca dos dois últimos motores (terceiro e quarto estágios) por um de propulsão líquida.

Com a troca, o veículo poderá levar cerca de 700 quilos de carga útil, contra os 250 quilos atuais, o que corresponde a um aumento de 280%. "O uso de propulsão líquida também permitirá maior precisão na inserção do satélite em órbita", assinala João Azevedo, diretor de transporte espacial e licenciamento da AEB, em comunicado da instituição.

Segundo Azevedo, a redução da quantidade de estágios simplificará o veículo, diminuindo as chances de falhas ligadas aos diversos eventos que ocorrem durante o lançamento. Além da parceria para o VLS, a Rússia também irá assessorar o desenvolvimento da torre de lançamento que está sendo reconstruída no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

As negociações do projeto do novo motor, dos equipamentos necessários à sua manutenção e a realização de testes serão iniciadas em 2006 e farão parte de um contrato cuja execução caberá à AEB, Roscosmos e Centro Técnico Aeroespacial (CTA).

A agência brasileira espera que o conhecimento adquirido para o desenvolvimento da próxima versão do VLS origine uma "família de veículos lançadores com capacidade de levar satélites mais pesados a órbitas mais altas da Terra".

Mais informações: www.aeb.gov.br


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