FAPESP recebeu, na última quinta-feira, visita do cientista chefe do Estado de Israel, Avi Hasson, responsável por executar políticas de apoio à pesquisa e desenvolvimento industrial em seu país
FAPESP recebeu, na última quinta-feira, visita do cientista chefe do Estado de Israel, Avi Hasson, responsável por executar políticas de apoio à pesquisa e desenvolvimento industrial em seu país
FAPESP recebeu, na última quinta-feira, visita do cientista chefe do Estado de Israel, Avi Hasson, responsável por executar políticas de apoio à pesquisa e desenvolvimento industrial em seu país
FAPESP recebeu, na última quinta-feira, visita do cientista chefe do Estado de Israel, Avi Hasson, responsável por executar políticas de apoio à pesquisa e desenvolvimento industrial em seu país
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – A FAPESP recebeu, na última quinta-feira (19/5), a visita de representantes do órgão responsável pela execução das políticas de apoio à pesquisa e desenvolvimento industrial do governo de Israel.
O cientista chefe do Estado de Israel, Avi Hasson, e o diretor geral do Centro para Pesquisa e Desenvolvimento da Indústria Israelense (Matimop), Michel Hivert, foram recebidos pelo presidente da FAPESP, Celso Lafer e pelo diretor científico da Fundação, Carlos Henrique de Brito Cruz.
De acordo com Lafer, Israel é um país de grande densidade de aplicação de recursos em ciência e tecnologia. “É o país que tem o maior indicador de investimentos. Na indústria do Estado de Israel, o valor agregado do conhecimento tem um papel muito significativo. Nós exploramos hoje oportunidades de cooperação”, disse Lafer.
Lafer afirmou que, durante a reunião, os representantes do governo de Israel e da FAPESP procuraram explorar uma moldura de entendimento que possa levar adiante, por meio de eventuais editais, cooperações na área de pesquisa e desenvolvimento nas indústrias paulistas e israelense.
“Um dos componentes da missão da FAPESP é o desenvolvimento tecnológico. Pelas características da atuação do chefe de ciência do Estado de Israel, temos um espaço que pretendemos explorar que diz respeito à ação conjunta na área de inovação, que envolvam, por exemplo, empresas israelenses e empresas brasileiras sediadas no Estado de São Paulo”, afirmou Lafer.
De acordo com Hasson, o escritório do cientista chefe do estado de Israel – vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio e Trabalho do país – é um entidade do governo responsável por promover pesquisa e desenvolvimento, ciência e tecnologia.
“Temos foco no ciclo de vida completo da tecnologia, começando da pesquisa aplicada, até a pesquisa e desenvolvimento em geral, combinando todos os setores da indústria e da academia. Não estamos focados em uma só área, mas nos dedicamos a todo o espectro do conhecimento, das ciências da vida à tecnologia da informação e das tecnologias verdes à pesquisa em energia, por exemplo”, disse Hasson à Agência FAPESP.
Dentro do governo, o chefe de ciência tem o papel de promover essas áreas por meio políticas públicas, assim como por meio de uma série de programas que lidam com bolsas de pesquisa e desenvolvimento, de várias naturezas e formatos, segundo Hasson.
“Israel é o primeiro colocado no mundo em relação ao investimento em pesquisa e desenvolvimento civis – excluindo o orçamento para pesquisa militar, que é considerável. Nós investimos cerca de 4,5% do nosso PIB em pesquisa em desenvolvimento anualmente. Os resultados disso são bastante consistentes. A função de cientista chefe foi criada há mais de 40 anos e, independentemente do governo que está no poder, há sempre um apoio consistente para essas questões de pesquisa e desenvolvimento em ciência e tecnologia”, afirmou.
Grande parte da atividade do escritório do chefe de ciência do Estado de Israel, segundo Hasson, consiste em atividades internacionais. O órgão possui inúmeros programas com foco em cooperação internacional, por meio de múltiplas ferramentas. O Matimop, que é o braço internacional do escritório do cientista chefe, encarrega-se de implementar esses acordos.
“Temos acordos bilaterais entre o governo de Israel e 40 outros parceiros. Isso inclui países e também estados, como São Paulo. Há outros em países como a Índia e China. Nesses acordos, o que temos em geral são projetos conjuntos de parceiros israelenses e estrangeiros, nos quais trabalhamos juntos em diversas áreas, em pesquisa e desenvolvimento e cada governo financia os parceiros de seu lado”, disse.
A visita do cientista chefe e do diretor do Matimop à FAPESP, segundo Hasson, integrou a expedição de uma semana que envolveu uma grande delegação do governo israelense ao Brasil. “Fzemos contatos com mais de 20 empresas, e nos encontramos com diferentes parceiros da indústria e da academia. A razão por estarmos aqui é que o governo vê o Brasil como um alvo muito importante nos principais mercados que temos foco”, declarou.
Segundo ele, brasileiros e israelenses perceberam que a aproximação entre os dois países em assuntos de pesquisa e desenvolvimento está abaixo do potencial que poderia ser desenvolvido. “O potencial desse relacionamento é muito alto. Estamos fazendo muito esforço para cultivar essa parceria, por meio do nosso consulado em São Paulo. Queremos promover a moldura pela qual a cooperação entre parceiros de Israel e de São Paulo podem fazer em pesquisa e desenvolvimento”, afirmou.
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