Visão nas alturas
05 de abril de 2004

Inpe lança com sucesso o telescópio Masco, que permaneceu por 10 horas a 40 mil metros de altitude, obtendo dados importantes para estudos de fenômenos como buracos negros e mostrando a viabilidade da missão

Visão nas alturas

Inpe lança com sucesso o telescópio Masco, que permaneceu por 10 horas a 40 mil metros de altitude, obtendo dados importantes para estudos de fenômenos como buracos negros e mostrando a viabilidade da missão

05 de abril de 2004

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), concluiu com sucesso a missão envolvendo o primeiro teste do telescópio Masco – de "máscara codificada".

Totalmente fabricado no Brasil, o equipamento pesa duas toneladas e teve um vôo de aproximadamente dez horas. Após ser lançado na madrugada de quinta-feira (1/4), separou-se, às 13h30, do balão estratosférico que o conduziu a alta atmosfera. De acordo com o Inpe, o pouso, com auxílio de um pára-quedas, também foi suave.

O telescópio, cujo projeto custou R$ 3 milhões, foi levado a uma altitude de 40 mil metros. O Masco, entre outros vários dispositivos, conta com um sistema automático de controle das suas coordenadas. O objetivo dessa primeira missão foi testar o equipamento.

"A idéia era verificar se o telescópio seria capaz de apontar para qualquer direção e manter uma posição estabilizada durante o tempo necessário para registrar as imagens", disse o coordenador do projeto e pesquisador da Divisão de Astrofísica do Inpe, Thyrso Villela, à Agência FAPESP. "O sistema de controle de atitude (posição angular dos três eixos de referência do equipamento) funcionou dentro dos padrões previstos."

Nas altitudes mas altas a que chegou, o Masco registrou várias imagens em raios X e gama. Fotos de estrelas da Via Láctea também foram feitas. Todos esses dados são importantes para os cientistas estudarem fenômenos como os buracos negros e entender melhor a origem das galáxias.


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