Livro parte da metáfora de um labirinto espelhado para mostrar como se desenvolve determinados sentimentos entre os jovens
Por meio de depoimentos de adolescentes, o livro Labirintos de Espelhos - Formação da auto-estima na infância e na adolescência parte da metáfora de um labirinto espelhado para mostrar como se desenvolve determinados sentimentos entre os jovens
Por meio de depoimentos de adolescentes, o livro Labirintos de Espelhos - Formação da auto-estima na infância e na adolescência parte da metáfora de um labirinto espelhado para mostrar como se desenvolve determinados sentimentos entre os jovens
Livro parte da metáfora de um labirinto espelhado para mostrar como se desenvolve determinados sentimentos entre os jovens
Agência FAPESP - Problemas como violência, relacionamento familiar e rendimento escolar podem estar ligados a uma peça fundamental na formação dos jovens: a auto-estima. Esta é uma das conclusões do livro Labirintos de Espelhos - Formação da auto-estima na infância e na adolescência, de Simone Gonçalves de Assis e Joviana Quintes Avanci, do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A obra parte da metáfora de um labirinto espelhado para mostrar como se dá a formação da auto-estima nos jovens. As autoras realizaram um estudo de campo com 1.686 adolescentes, alunos da 7º série do ensino fundamental ao 2º ano do ensino médio de escolas públicas e particulares do município de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. O questionário incluiu perguntas sobre o perfil do adolescente, relação com a família e amigos, rendimento escolar, uso de álcool e drogas e percepção da violência.
"A idéia foi entender como a violência está relacionada com o desenvolvimento da auto-estima nas crianças e adolescentes. Nós verificamos que crianças que vivenciam atos de violência estão bem mais propensas a desenvolver uma baixa auto-estima", disse Simone à Agência FAPESP.
A pesquisa revelou que crianças com elevada auto-estima utilizaram com freqüência no questionário adjetivos positivos como "amigo", "legal" e "simpático" para se descrever, enquanto nos com baixa prevaleceram as idéias negativas, como "malcriado", "envergonhado" e "preguiçoso".
Para Simone, o relacionamento familiar é um dos aspectos mais relevantes na questão do sentimento dos adolescentes em relação a eles mesmos. "O livro mostra de que forma uma criança que vive em um ambiente familiar saudável tende a desenvolver uma melhor projeção de futuro. A confiança recebida da família faz com que ela passe a acreditar que tem mais capacidade de superar os problemas", disse.
Segundo o livro, a maioria das crianças de baixa auto-estima mostraram incertezas quanto ao sentimento de ser amado pelos pais, descrevendo-os como pessoas que não dialogam e que os reconhecem mais pelos defeitos.
O livro conta ainda com algumas propostas para melhorar a auto-estima dos jovens como, por exemplo, não subestimar a própria capacidade, reconhecer e aceitar as habilidades e fraquezas, expandir o grupo de convivência e realizar atividades lúdicas como música, esporte, teatro.
"A criança começa a se perceber de acordo com o jeito que as pessoas a enxergam. Existe uma relação direta entre os juízos de valor dos pais e os dos filhos, o que remete a um jogo de espelhos da vida real", afirma Simone.
Editora Fiocruz: www2.fiocruz.br/editora_fiocruz
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