Pesquisadores da Unicamp desenvolvem viga de concreto pré-moldada para revestimento de túneis. Novo produto será utilizado pelo Metrô de São Paulo (foto: divulgação)

Vigas curvas
14 de setembro de 2006

Pesquisadores da Unicamp desenvolvem viga de concreto pré-moldada para revestimento de túneis. Novo produto será utilizado pelo Metrô de São Paulo

Vigas curvas

Pesquisadores da Unicamp desenvolvem viga de concreto pré-moldada para revestimento de túneis. Novo produto será utilizado pelo Metrô de São Paulo

14 de setembro de 2006

Pesquisadores da Unicamp desenvolvem viga de concreto pré-moldada para revestimento de túneis. Novo produto será utilizado pelo Metrô de São Paulo (foto: divulgação)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Experimentos realizados nos laboratórios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) deram origem a uma nova viga curva de concreto para o revestimento de túneis. O produto será usado na Linha Amarela do Metrô de São Paulo, que ligará o bairro da Luz, no Centro, ao da Vila Sônia, na Zona Oeste.

As inovações do Centro de Tecnologia (CT) e do Laboratório de Estruturas e Matérias (LEM) da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) da Unicamp foram compradas pelo Consórcio Via Amarela, formado por seis grandes empreiteiras brasileiras.

O novo produto foi montado com fibras de aço bem mais finas que as barras, feitas com o mesmo material e utilizadas normalmente nas vigas de concreto pré-moldadas.

"Por ter um diâmetro de apenas 0,75 milímetros as vigas reduzem as chances de que ocorram lascamentos na estrutura dos túneis", disse Newton de Oliveira Júnior, coordenador do projeto, à Agência FAPESP. "A vida útil da obra será maior e também ocorrerá redução nos custos de manutenção."

Outra vantagem apontada pelo pesquisador está relacionada ao desgaste do produto. Segundo Oliveira Júnior, professor do Departamento de Estruturas da FEC, o impacto causado pela corrosão é menor. "Além disso, o processo de produção da fibra de aço é mais eficiente e apresenta os mesmos padrões de segurança do método tradicional", disse.

Os testes realizados pela Unicamp apontaram uma vida útil de cem anos para o novo produto. "Desde 2003 estamos trabalhando nesse projeto, que é inédito no Brasil. Fizemos todos os ensaios de viabilidade, produzimos as peças em tamanho real e já tivemos a aprovação da tecnologia pelo Consórcio Via Amarela", disse Oliveira Júnior.

Durante as obras da Linha Amarela, enquanto a máquina cava o túnel na parte da frente, sua cauda executa automaticamente o revestimento definitivo. "Serão sete peças curvas de concreto que se unem para formar o anel de revestimento, que terá cerca de 8,4 metros de diâmetro", explicou o pesquisador da Unicamp. As novas vigas serão usadas em quase 7 quilômetros do total de 12,8 quilômetros da nova linha do metrô paulistano.


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