Metodologia de ensino desenvolvida na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP permite que animais sejam poupados com a exibição de cirurgias (foto: divulgação)

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22 de junho de 2005

Metodologia de ensino desenvolvida na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP permite que animais sejam poupados com a exibição de cirurgias por meio de vídeo-aula

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Metodologia de ensino desenvolvida na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP permite que animais sejam poupados com a exibição de cirurgias por meio de vídeo-aula

22 de junho de 2005

Metodologia de ensino desenvolvida na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP permite que animais sejam poupados com a exibição de cirurgias (foto: divulgação)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP) está experimentando uma linha diferente de ensino. Os alunos da unidade conheceram, nesta segunda-feira (20/6), o aprendizado por meio de uma vídeo-aula.

O filme, que será exibido para os alunos do terceiro semestre da disciplina de fisiologia da reprodução e da lactação, mostra uma cirurgia de extração de ovários e testículos de ratos. O vídeo ensina a ação dos hormônios sexuais no organismo dos animais.

"A metodologia vem para se adequar à nova legislação federal, que exige que atividades meramente demonstrativas com animais devam ser substituídas por métodos alternativos", disse Cláudio Alvarenga de Oliveira, professor do departamento de Reprodução Animal da FMVZ, à Agência FAPESP.

Oliveira explica que, até então, os alunos do terceiro semestre já faziam operações como a que será exibida na vídeo-aula, porém sem estar devidamente preparados. "Agora, o aluno vai assistir o filme e manipular animais mortos. Só em níveis mais avançados eles terão a oportunidade de fazer intervenções cirúrgicas em animais vivos", explicou.

A previsão é que, com o método, os alunos ganhem tempo para a discussão do conteúdo ministrado. Enquanto o procedimento real demora quatro horas, o vídeo dura 20 minutos. A faculdade também acaba economizando com anestesia e hormônios. O enfoque principal da mudança, segundo Oliveira, é poupar os animais criados em laboratório.

"A utilização racional dos animais, tanto em aulas como em pesquisas, possui uma demanda crescente em todo o mundo. O que está em jogo é o uso consciente visando ao bem-estar animal. Estamos falando em muitos animais, como ratos, camundongos, coelhos, cobaias, macacos e cães", disse.


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