Após sucesso em testes com animais e em dois pacientes, pesquisadores do Hospital Henry Ford, nos EUA, iniciam estudo para verificar a eficiência do medicamento para disfunções eréteis na recuperação de funções motoras após derrames

Viagra no tratamento de derrame
25 de fevereiro de 2005

Após sucesso em testes com animais e em dois pacientes, pesquisadores do Hospital Henry Ford, nos EUA, iniciam estudo para verificar a eficiência do medicamento para disfunções eréteis na recuperação de funções motoras após derrames

Viagra no tratamento de derrame

Após sucesso em testes com animais e em dois pacientes, pesquisadores do Hospital Henry Ford, nos EUA, iniciam estudo para verificar a eficiência do medicamento para disfunções eréteis na recuperação de funções motoras após derrames

25 de fevereiro de 2005

Após sucesso em testes com animais e em dois pacientes, pesquisadores do Hospital Henry Ford, nos EUA, iniciam estudo para verificar a eficiência do medicamento para disfunções eréteis na recuperação de funções motoras após derrames

 

Agência FAPESP - Um dos medicamentos mais populares da atualidade, o Viagra, pode ser ainda mais útil do que se imagina. O Hospital Henry Ford, nos Estados Unidos, iniciou na semana passada um estudo para verificar a eficiência da droga comumente empregada para o tratamento de disfunções eréteis em pacientes que se recuperam de derrames.

O objetivo do estudo é ajudar na recuperação ou na melhoria da fala e de funções motoras. Os pesquisadores pretendem recrutar 84 voluntários, homens e mulheres, que deverão ter acima de 18 anos e ter sofrido um derrame moderado até 72 horas antes.

O hospital já havia utilizado o Viagra, ou sildenafil, em dois pacientes. A primeira foi Rene Jarinski, de 43 anos, que sofreu um grave derrame em julho de 2003. Antes de começar o tratamento com o medicamento, os únicos movimentos da norte-americana eram mover os olhos para cima e para baixo. Hoje, ela consegue sorrir, comer, mexer braços e pernas e até ficar de pé com a ajuda de outras pessoas.

"No início do tratamento, observamos pouca diferença, mas após seis meses a situação começou a melhorar consideravelmente", disse Brian Silver, líder da pesquisa. "Isso é totalmente incomum, uma vez que os pacientes costumam observar uma desaceleração na recuperação, não o contrário. Pessoas que sofrem derrames como o dela raramente voltam a andar ou a falar. Rene apresenta uma recuperação que não segue o padrão."

"Nós verificamos que podemos usar certas drogas, como o Viagra, para estimular a criação de novas células cerebrais", disse Michael Chopp, diretor científico do Instituto de Neurociência do Hospital Henry Ford. De acordo com Chopp, o sildenafil conseguiu ativar no tecido cerebral uma molécula chamada monofosfato de guanosina cíclica, responsável pela criação de novas células.

Antes de iniciar os estudos com o Viagra em pacientes que sofreram derrame, os pesquisadores do hospital norte-americano estudaram por alguns anos os efeitos do medicamento em animais de laboratório. Os resultados foram altamente positivos e estimularam a nova pesquisa que começa agora. O Viagra foi escolhido por ter uma composição química similar a de substâncias que melhoram as funções motoras de animais que sofreram derrame.


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.