Em entrevista à revista New Scientist, Marcos Buckeridge, da coordenação do BIOEN-FAPESP, ressalta a importância de produzir o combustível do futuro sem agredir o meio ambiente (foto: arq.pessoal)
Em entrevista à revista New Scientist, Marcos Buckeridge, da coordenação do BIOEN-FAPESP, ressalta a importância de produzir o combustível do futuro sem agredir o meio ambiente
Em entrevista à revista New Scientist, Marcos Buckeridge, da coordenação do BIOEN-FAPESP, ressalta a importância de produzir o combustível do futuro sem agredir o meio ambiente
Em entrevista à revista New Scientist, Marcos Buckeridge, da coordenação do BIOEN-FAPESP, ressalta a importância de produzir o combustível do futuro sem agredir o meio ambiente (foto: arq.pessoal)
Agência FAPESP – Como produzir combustíveis de modo sustentável? Para Marcos Buckeridge, um dos responsáveis pela seção de Biomassa do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e pela coordenação da área de biologia da FAPESP, a resposta é simples: etanol.
Em entrevista publicada na edição de 23 de maio da revista New Scientist, o professor do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP) destaca as vantagens do etanol brasileiro e a importância de garantir que o biocombustível do futuro seja “verde e sustentável”.
“Há alguns anos, quando a busca por substitutos para os combustíveis fósseis se tornou urgente, o Brasil redescobriu o programa do etanol derivado da cana-de-açúcar que foi implantado na década de 1970 por conta da crise do petróleo. Na época, ninguém se preocupava com sustentabilidade. Agora, temos que mostrar por que o etanol brasileiro é diferente do feito nos Estados Unidos a partir de milho”, disse.
“É injusto colocá-los juntos. Nosso bioetanol é produzido com o uso de menos de 1% da área cultivável no país. Ele não destrói áreas preservadas nem compete com a terra usada para a produção de alimentos. Na realidade, a produção de alimentos no Brasil deverá crescer nos próximos cinco anos”, ressaltou.
“Algumas pessoas têm medo de que a cana-de-açúcar seja plantada na Floresta Amazônica, mas ali é muito úmido para isso. Queremos fornecer ao mundo etanol sustentável sem cortar uma única árvore. Esse é o desafio”, disse.
Buckeridge destaca que atualmente cerca de um terço da biomassa da cana pode ser transformada em energia. “Mas, se pudermos fazer etanol a partir das partes não comestíveis da planta também, poderemos dobrar a produtividade”, disse. O pesquisador destaca a importância do Programa BIOEN-FAPESP nessa busca pelo etanol celulósico.
A entrevista Biofuelling the future, concedida à jornalista Jan Rocha, pode ser lido por assinantes da New Scientist em www.newscientist.com.
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